Violência contra mulher

Lula promete governo com menor índice de feminicídio: "Penas mais severas"

Citando a mãe, Dona Lindu, presidente Lula destacou que "a mão foi feita para trabalhar e não para bater em mulher"

Ingrid Soares
postado em 31/01/2023 16:12 / atualizado em 31/01/2023 16:12
 (crédito: DOUGLAS MAGNO/AFP)
(crédito: DOUGLAS MAGNO/AFP)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (31) que seu governo terá o menor índice de feminicídio. O chefe do Executivo defendeu ainda que o Brasil precisa de penas mais severas em relação ao crime contra o sexo feminino.

"É uma luta sem trégua. Não basta uma lei. Quando assinei a Lei Maria da Penha, eu era o presidente e imaginei que a violência contra a mulher iria desaparecer. Não desapareceu. Pelo contrário, aumentou, inclusive na pandemia. Além de lei, é um problema cultural, de educação", apontou.

Citando a mãe, Dona Lindu, Lula destacou que "a nossa mão foi feita para trabalhar e não para bater em mulher".

"O homem tem que aprender que a mulher não foi feita para apanhar. Mulher foi feita para ser parceira, para fazer política. Foi feita para ser igual, inclusive no mercado de trabalho. E nós precisamos ter penas muito severas para o cidadão que levanta a mão para bater na mulher, que violenta os seus filhos. A Dona Lindu criou oito filhos, sozinha, cinco homens, e ninguém nunca levantou a mão para bater em mulher porque aprendemos que a nossa mão foi feita para trabalhar e não para bater em mulher. Por que as outras pessoas não aprendem isso?", questionou.

"Espero que, ao terminar esse mandato, se não tenhamos o índice zero de violência contra a mulher, a gente tenha o mais baixo índice de violência contra a mulher da história do país porque a violência demonstra que a nossa formação está muito atrasada. A mulher não tem que morar com o homem por conta de um prato de comida. Ela só deve morar com o homem se ela quiser, se ela gosta dele. Se ela não quiser, vai embora."

O petista voltou a contar sobre a luta da mãe e disse ser preciso coragem para deixar a situação de violência. Além disso, reforçou que o Estado precisa ter condições de proteger a mulher.

"Dizem que a mulher muitas vezes se sujeita a coisas não confortáveis com o seu marido porque ela não trabalha fora e depende do dinheiro para as crianças. A minha mãe, analfabeta, teve coragem de sair da casa que a gente morava, com oito filhos. Ninguém trabalhava. Foi morar no barraco e criou oito filhos e todos como cidadãos. Se minha mãe pôde fazer isso, significa que todos podem fazer isso. É apenas a gente ter coragem e o Estado criar condições de proteger", completou.

"Mulher não foi feita para apanhar, foi feita para ter liberdade, tanto quanto o homem tem", concluiu.

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