Congresso

Câmara se prepara para estrear 57ª legislatura com escolha para ministro do TCU

Sessão não está confirmada, mas deve ser a primeira a ocorrer após a eleição da Mesa Diretora da Casa. Processo formal só pode acontecer após pleito, que deve reconduzir Lira à presidência

Kelly Hekally - Especial para o Correio
postado em 26/01/2023 17:12 / atualizado em 26/01/2023 17:13
 (crédito: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
(crédito: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

Apesar de não estar oficialmente marcada, a eleição na Câmara dos Deputados para a escolha do próximo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) está encaminhada para ocorrer no próximo dia 2. Se consolidada, será a primeira da 57ª legislatura.

A disputa estava em articulação para acontecer em 2022, mas ficou para este ano. Indicados pelos partidos ou blocos, os candidatos não precisam ser parlamentares, mas em geral os nomes vêm do Congresso Nacional e funcionam como uma espécie de “prêmio de consolação” a um deputado ou senador ou entram nas negociações das legendas.

Negociação

Para o páreo, que só pode ter seus nomes oficializados após a conclamação da Mesa Diretora da Casa —que será votada secretamente no próximo dia 1º, na abertura dos trabalhos no Congresso —, se projetam os deputados Fábio Ramalho (MDB-MG), que não se reelegeu, Soraya Santos (PL-RJ) e Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR) — este, desde o ano passado, candidato do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

O escolhido será apreciado também, na sequência, pelo Senado para que o processo avance. A tramitação ocorre por meio de decreto legislativo.

A fim de contemplar o parlamentar que é seu aliado, Lira conseguiu que Felipe Carreras (PSB-PE) e Hugo Leal (PSD-RJ) retirassem, no segundo semestre de 2022, suas respectivas candidaturas. A negociação está envolta na formação da Mesa Diretora a ser escolhida na próxima semana, por meio da qual o presidente alagoano tenta ser reconduzido.

Até o momento, apenas Chico Alencar (PSol-RJ) apresentou candidatura para concorrer à Presidência da Casa. Sem chances de desbancar Lira, o nome do deputado federal é uma sinalização de não-concordância com o perfil de governança do presidente entre os colegas.

Nesta semana, a líder do PSol, Sâmia Bomfim, afirmou ao Correio que “um Lira com 'hiperpoderes' não é bom para o governo Lula".

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