Lula diz que herdou Brasil "semidestruído" e chama Temer de "golpista"

A declaração ocorreu após reunião com o presidente Luis Lacalle Pou, em Montevidéu, no Uruguai, nesta quarta-feira (25/1)

Ingrid Soares

postado em 25/01/2023 15:14 / atualizado em 25/01/2023 16:55

(crédito: Dante Fernandez/AFP)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (25/1) após reunião com o presidente Luis Lacalle Pou, no Uruguai. O chefe do Executivo citou ter herdado o Brasil “semidestruído”, com cenário de fome, e caracterizou o ex-presidente Michel Temer de “golpista”, afirmando que ambos os ex-chefes do Executivo contribuíram para o desmonte de políticas sociais.

“Estamos vivendo uma década diferente. Eu herdei um país semidestruído. Quando deixamos a Presidência, o Brasil era a sexta economia do mundo. Voltamos agora e o Brasil é a 13ª. Isso é um desafio que não me deixa triste. É um desafio que me dá otimismo, coragem e me obriga a estabelecer metas. O Brasil não tinha mais fome quando deixei a Presidência, e hoje tem 33 milhões de pessoas passando fome. Significa que quase tudo que fizemos de benefício social no nosso país em 13 anos de governo foi destruído em sete anos, três do golpista Michel Temer e quatro do governo Bolsonaro. Por isso, o lema do meu governo é união e reconstrução”, relatou.

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Lula também destacou a relação comercial com o Uruguai, reforçando que o Brasil não pode crescer sozinho e que deveria evoluir junto de todos os países da América do Sul.

“A balança comercial entre Brasil e Uruguai teve superavit para o Uruguai de mais de U$ 8 bilhões. Isso porque era parte de nossa visão contribuir para que todos os países cresçam juntos. Eu cansei de fazer discurso dizendo que o Brasil não poderia crescer sozinho e que deveria crescer junto com todos os países da América do Sul. Certamente vivemos o melhor momento político e econômico da América do Sul. Foi a década de maior geração de empregos, de maior aumento de salário, uma década de crescimento econômico”, concluiu.