Ubiratan Cazetta, procurador regional da República e presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), criticou as ações tomadas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) em relação à proteção de comunidades indígenas. Para ele, em entrevista ao jornalista Roberto Fonseca, o caso do povo ianomâmi é o reflexo do “descaso com a política indigenista” que resultou na morte de centenas de pessoas da comunidade indígena.
O procurador regional da República sinalizou, em entrevista ao programa CB.Poder — parceria de TV Brasília e Correio desta terça-feira (24/1), que as investigações sobre as responsabilidades do caso têm três focos diferentes: a exploração ambiental, a violência contra os povos indígenas e as omissões dos agentes públicos. Cazetta citou casos de medicamentos que não foram entregues às comunidades e disse que deve investigar toda a cadeia de assistência pública que falhou em atender os ianomamis.
“Até que ponto a direção geral da Funai sabia e nada fez? Claro que não se pode ser leviano e dizer “tal pessoa sabia e nada fez”, mas os relatos chegaram. Chegaram pelo caminho oficial, por ordens judiciais descumpridas e isso tem que ser apurado”, declarou o procurador regional da República.
Na entrevista, Ubiratan Cazetta também comentou sobre as investigações sobre os atos do dia 8 de janeiro. Ele adiantou que a Procuradoria Geral da República já tem uma lista de 100 pessoas denunciadas por ações específicas.
Assista a entrevista completa:
*Estagiário soba supervisão de Thays Martins
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