Na abertura do Encontro Empresarial Brasil-Argentina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltará a financiar o comércio exterior. A declaração ocorreu ao lado do presidente da Argentina, Alberto Fernandez e do ministro da Fazenda brasileiro, Fernando Haddad e empresários — em Buenos Aires.
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“O BNDES vai voltar a financiar as relações comerciais do Brasil e vai voltar a financiar projetos de engenharia para ajudar a empresas brasileiras no exterior e para ajudar que os países vizinhos possam crescer e até vender o resultado desse enriquecimento para o Brasil. O Brasil não pode ficar distante, não pode se apequenar”, apontou.
Lula prometeu ainda que o Brasil voltará a ser protagonista internacional e que negociará mundialmente.
“Faz exatamente quatro anos em que o BNDES não empresta dinheiro para desenvolvimento porque todo o dinheiro é voltado para o tesouro que quer receber o empréstimo que foi feito. Então, o Brasil também parou de crescer, parou de se desenvolver e parou de compartilhar a possibilidade de crescimento com outros países. Quando digo que o Brasil vai voltar à normalidade é porque o Brasil vai voltar a ser protagonista internacional, a negociar com a América do Sul, América Latina, África, Europa, com os países asiáticos”, completou.
O petista também agradeceu aos empresários argentinos e brasileiros, ressaltando o papel dos mesmos na consolidação da Argentina e do Brasil. O chefe do Executivo voltou a criticar o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmando que o Brasil viveu quatro anos de isolamento.
“A relação Brasil-Argentina está voltando à normalidade porque no meu país muita coisa tem que voltar à normalidade. O país estava vivendo um momento de isolamento da qual nós não temos conhecimento na história do Brasil. O Brasil não conversava com ninguém, como ninguém queria conversar com o Brasil. Ou seja, durante os últimos quatro anos não houve um único presidente de outro país que fosse visitar o Brasil. Somente alguns presidentes convidaram o nosso presidente para viajar, foi o de Gana, Guiné Bissau e o Putin e vocês sabem por que. O dado concreto é que o Brasil ficou isolado mais do que um país como Cuba que está sob um bloqueio há mais de 60 anos”, continuou.
Por fim, reforçou o compromisso de crescimento dos dois países e disse a Fernández que ele “não vai ter mais um presidente ofendendo o povo argentino”. “Vai ter daqui para frente um presidente que é amigo da Argentina, do Fernández e que vai fazer todo o esforço possível para que as duas economias voltem a crescer”.
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