O lançamento da candidatura do deputado federal Chico Alencar (PSol), do Rio de Janeiro, à Presidência da Câmara é, segundo a líder do partido na Casa, Sâmia Bomfim, uma resistência à força de Arthur Lira (PP-AL) à recondução ao cargo. O processo de escolha da nova Mesa Diretora ocorre no próximo dia 1º, data em que tem início da 57º legislatura.
“Um Lira com hiper poderes não é bom para o governo Lula e as pautas progressistas. Ele tem atuado como um bolsonarista, seja no apoio à agenda econômica, ambiental e moral do ex-presidente ou mesmo agora, no compromisso com a anistia dos golpistas”, explica a deputada federal eleita por São Paulo.
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A parlamentar afirma que é necessária uma candidatura com “compromisso com as urgências do Brasil: responsabilização dos golpistas, enfrentamento à fome, respeito aos direitos humanos, ao meio ambiente, aos direitos trabalhistas e sociais. Por isso, o PSOL lança o deputado Chico Alencar”.
Sâmia Bomfim diz que outros nomes entraram na discussão do partido sobre quem lançar e sinaliza que houve maior receptividade ao do deputado federal. “Estamos em campanha para apresentar Chico com um programa progressista para o Brasil”.
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O PSol forma uma federação com a Rede, somando um total de 14 parlamentares na Casa. Na semana passada, contudo, o líder do PT na Câmara, José Guimarães, do Ceará, disse que a sigla apoia Arthur Lira (PP-AL), atual presidente que deve ser reconduzido com ampla maioria dos 513 deputados à presidência. “Nosso candidato é o Lira”, declarou José Guimarães.
PT e PSol estão juntos na base do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assim como a Rede, que deve fazer aceno a Lira, acompanhando a legenda do presidente da República. No Senado, o partido também está com o PT pela recondução de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à Presidência da Casa.
Na semana passada, o Correio apurou que Lira trabalha para ser reconduzido por unanimidade, cenário que o deixa em uma situação confortável para a governabilidade na Casa. Para tanto, o parlamentar alagoano vai negociar cargos comissionados e relatorias de projetos importantes no âmbito da Câmara.
Uma das mais cobiçadas é a da Reforma Tributária, que está neste momento na responsabilidade do Ministério da Fazenda, cujo titular é Fernando Haddad (PT-SP), e com quem permanece, também conforme José Guimarães, o cronograma de discussão da proposição no Congresso Nacional.
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