O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá estreitar a relação do Brasil com Argentina e Uruguai durante a primeira agenda internacional do novo governo, além de marcar o retorno do país a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), como informou o secretário de Américas do Ministério das Relações Exteriores, Michel Arslanian Neto, nesta sexta (20/1). A viagem será “claramente política”, para fortalecer laços regionais e estabelecer a postura do país durante o novo mandato do petista.
Na primeira parada da agenda, Lula encontrará o argentino Alberto Fernández, na Casa Rosada, e no mesmo dia já tem previsto um jantar que reunirá empresários dos dois países. A viagem ao país também marcará será para a participação na 7ª Cúpula da Celac, após a saída de três anos atrás.
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Ao ser questionado sobre a possibilidade de encontro com o líder venezuelano, Nicolás Maduro, o secretário desconversou e apontou que a agenda apertada não permite confirmar compromissos além dos já anunciados. No entanto, há a expectativa de que Lula encontre os presidentes de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e o venezuelano.
Programa Antártico Brasileiro
É previsto a assinatura de somente um acordo, envolvendo o Programa Antártico Brasileiro.
“É um acordo de ciência e tecnologia, de cooperação logística também dos navios de pesquisa científica do Programa Antártico Brasileiro, que contam com auxílio para chegar até lá por portos argentinos. É um reforço, compartilhamento de informações colhidas pelo programa. É um pouco desse espírito de retomar uma dinâmica de maior proximidade”, explicou.
O Uruguai, que em dezembro assinou o termo de adesão ao Acordo Trans-Pacífico, um tratado de livre-comércio que concentra países da Ásia, Oceania e Alerta, recebendo alertas de possível retaliação em caso de negociação fora dos termos da Mercosul, recepciona Lula, com o objetivo de mostrar a importância como parceiro do Brasil e projetar a importância da relação com o bloco econômico sul-americano.
“Uruguai chama atenção com coisas relacionadas ao Mercosul, mas é uma visão muito clara do novo governo que também devemos olhar para a relação bilateral com o país, que não se confunde com o Mercosul”, explicou Michel.
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