A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou, em nota, que Josué Gomes permanece como presidente da entidade, mesmo após votação conduzida por sindicatos de oposição que decidiu pela sua destituição do cargo. Josué foi chamado para participar de uma reunião na sexta-feira (20/1) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro da Defesa, José Múcio, e os comandantes das Forças Armadas para apresentar um projeto de modernização da base industrial da Defesa.
"A Fiesp informa que Josué Gomes da Silva é o presidente da entidade e está no exercício pelo de suas funções, conforme determinam os estatutos vigentes", declarou a Federação. Na terça-feira (17/1), após almoço com o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), houve uma votação convocada pelos opositores de Josué que decidiu, por 47 votos a 1, retirá-lo da presidência.
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A defesa de Josué classifica a votação como um "golpe", e não esteve presente na assembleia. A oposição, por sua vez, defende que o processo foi legal e aguarda a publicação da ata da assembleia, a ser elaborada pela secretaria da Fiesp, para convocar nova reunião de diretoria e nomear um novo presidente. A briga por poder político ocorre após Josué ter decidido apoiar a candidatura de Lula ao Planalto no ano passado.
Participação em encontro de Lula com as Forças Armadas
Josué foi convidado pelo presidente Lula para participar de reunião entre o mandatário, o ministro da Defesa e os quatro comandantes das Forças Armadas, marcada para as 10h desta sexta-feira. O encontro visa discutir propostas para a modernização das Forças e seu financiamento.
O presidente da Fiesp deve apresentar aos militares uma proposta para modernizar a base industrial da Defesa, proposta de grande interesse para os comandantes. Um dos temas que podem ser discutidos é a produção nacional de drones.
Lula reúne-se com os comandantes em um cenário de tensão com os militares após os ataques de 8 de janeiro. A intenção do chefe do Executivo é aplacar um pouco a relação, sinalizando a disposição de investir em temas caros aos comandantes. O assunto da punição aos militares envolvidos nos atos terroristas, por conivência ou omissão, não deve ser tratado diretamente.
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