O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, disse nesta quinta-feira (19/1) no Palácio do Planalto que o Ministério deve divulgar nos próximos dias um plano de ação com potencial de gerar rapidamente "muitos empregos". França, contudo, não antecipou detalhes da medida, mas deu a entender que ela deve envolver a Petrobrás e a indústria naval brasileira.
"Nós vamos brevemente anunciar medidas importantes que podem gerar muitos empregos e ser rápido. Essa é uma atividade que certamente pode ser feita com muita rapidez e nós já temos boa parte montada no Brasil", disse o ministro.
Segundo França, as conversas sobre a medida têm incluído o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, "E a gente tem conversado bastante com o vice-presidente Alckmin, porque a gente precisa muito voltar com a questão naval, da indústria naval", disse o ministro.
França ainda sinalizou uma possível volta da política da Petrobrás em adquirir embarcações e plataformas nacionalizadas. "Lembre-se que antigamente, quando a Petrobras começou com a lógica, como o presidente Lula falou ontem, sobre a questão da volta daquele percentual mínimo da indústria naval brasileira, ele mencionou que custou bastante porque a gente tinha que instalar as indústrias. Hoje, muitas dessas indústrias, como o caso do Rio Grande do Sul, já estão instaladas, se der o comando, rapidamente nós teremos muitos empregos gerados", apontou o ministro.
"Eu tenho a impressão de que é possível fazer alterações rápidas que possam promover, especialmente a questão da indústria naval, vários dos equipamentos ficaram paralisados no Brasil", disse.
Investimentos em portos e aeroportos
Quanto aos investimentos em concessões de portos e aeroportos, França disse que a confiança no Brasil está alta e que o ministério em 19 dias já teve muitas consultas de potenciais investidores. "Pela procura que a gente sentiu na questão de portos e aeroportos, não vamos ter dificuldades", disse.
França atribui a confiança a credibilidade de Lula: "Nós estamos no dia 19, repare que a questão do dólar e dos juros, você percebe nitidamente que o otimismo voltou ao país, agora é uma questão de a gente poder tocar essas coisas, e mostrar para as pessoas que, com segurança jurídica e, em especial com a presença do presidente Lula, a gente tem a segurança para o futuro e (terá) certamente novos investimentos".
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