DECLARAÇÃO

Márcio França sobre privatizar autoridade portuária: "Não há hipótese"

Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, "até" o governador de SP, Tarcísio de Freitas, compreende que a privatização da autoridade portuária está descartada

Henrique Lessa
postado em 19/01/2023 21:39 / atualizado em 19/01/2023 21:39
 (crédito: Sergio Dutti/Flickr)
(crédito: Sergio Dutti/Flickr)

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, destacou nesta quinta-feira (19/1) no Palácio do Planalto que a possibilidade de privatização das autoridades portuárias é um tema descartado para o novo governo do presidente Lula, “Com relação a privatização da autoridade portuária não há mais essa hipótese, porque a tese vencedora das eleições é contrária a essa lógica”, disse o ministro.

França pontou também que o novo governo ainda não conseguiu nomear os responsáveis para as autoridades portuárias “Como nós não fizemos ainda alterações nas autoridades portuárias, os diretores que lá estão são os mesmos que estavam, a partir dessa semana com as alterações, semana que vem estarão convocados todos os conselhos portuários para alterar as autoridades portuárias, aí começamos do nosso jeito".

França indicou o nível de deficiência existente nos portos brasileiros, “Nem todos os portos estão com a suas dragagens adequadas, então alguns navios não estão conseguindo chegar na plenitude, inclusive (de) passageiros, e ao mesmo tempo em portos e aeroportos. Que a gente tenha os portos modernizados e adequados”. O ministro também não descartou a privatização de serviços nos portos: “O que a gente discute (é) sobre a privatização dos serviços, que podem até ser serviços novos como a questão de dragagem".

Conversas em São Paulo

Também falou sobre a conversa que teve com Gilberto Kassab (PSD), secretário da Casa Civil do governo do Estado de São Paulo. “Eu conversei ontem (18/1) com o secretário Kassab, que é uma pessoa que está no governo de São Paulo para que a gente fizesse uma aproximação de ideias, de conceitos. E tenho impressão de que o próprio governador Tarcísio compreende que, como houve uma alteração eleitoral, as lógicas de você privatizar a autoridade estão superadas”, apontou França.

O ministro também disse que agora há de se pensar no que pode ser feito pelo estado, “Agora vamos para a segunda etapa, o que pode ser feito, por exemplo o túnel que liga Santos ao Guarujá, é uma obra que o governo do Estado, no governo Alckmin, ainda quando eu era vice-governador, fez projeto básico executivo e os licenciamentos, está pronto, basta licitar, se a gente puder iniciar uma obra desse porte será um grande feito” disse França que também foi governador de São Paulo.

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