O governo federal ampliou a lista de militares dispensados das funções de segurança da Presidência da República. O Diário Oficial da União de ontem publicou a exoneração de 14 integrantes das Forças Armadas que estavam atuando no Gabinete de Segurança Institucional. O GSI é responsável pela segurança do presidente e vice-presidente e também do Palácio do Planalto e das residências oficiais.
Na terça-feira, outros 56 militares foram dispensados, sendo que 45 cuidavam da segurança do Palácio da Alvorada e da Granja do Torto.
Também foi exonerado, ontem, o tenente-coronel da Aeronáutica Max Steinert, que ocupava a função de assessor militar na Secretaria-Geral da Presidência. Além dele, outros 13 integrantes das três Forças foram dispensados de atuar no GSI.
A série de afastamentos ocorre em um contexto de "perda de confiança" em parte dos militares, assumida publicamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Eu perdi a confiança, simplesmente. Na hora que eu recuperar a confiança, eu volto à normalidade", admitiu o chefe do Executivo, quando questionado sobre se sentia que estava ameaçado.
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Até o fim desta semana, Lula terá encontro com os comandantes de Marinha, Exército e Aeronáutica. Na conversa, deverá falar dos atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília e voltar a insistir que as Forças Armadas não devem ser partidarizadas, como ocorreu na gestão do agora ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na terça-feira, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que as exonerações atingiram cargos de "extrema confiança" e avisou que outras demissões estão por vir. Segundo ele, a maior parte ocorrerá a partir de 23 de janeiro.
"O grosso das nomeações e exonerações será feito a partir do dia 23 até fim do mês. Tem muita gente para sair e entrar", disse Costa. "O governo que saiu tem pouca ou nenhuma sintonia com o que entrou, o pensamento em todas as áreas é muito diferente, portanto não poderíamos conviver com os mesmos assessores. Alguém achava que íamos manter os assessores do governo anterior? Não é razoável que fosse assim. O regime de governo mudou. Se mudou a filosofia, mudou o conteúdo, então tem de mudar quem está implementando isso", argumentou.
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