O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou, nesta quarta-feira (18/1), sobre a existência da extrema-direita no mundo e comparou os discursos usados no Brasil por Jair Bolsonaro (PL) com os adotados por líderes na Hungria, Itália, Alemanha, Espanha e outros países. A manifestação ocorreu em entrevista à GloboNews, onde o presidente também disse ser necessário "derrotar a narrativa fascista" em curso no Brasil.
"A extrema-direita existe hoje no mundo inteiro. Ela existe na Hungria, existe na Itália, ela existe na Alemanha, ela existe na Espanha, ela existe em Portugal. Em todo lugar está nascendo agrupamento de extrema-direita. Com vocações nazistas, com vocações stalinistas, sabe, com as mais diferentes formas de agir. Eu estive com o primeiro-ministro grego e o ex-primeiro ministro grego, e ele me disse que na Grécia o discurso é o mesmo, é a pátria amada, é a questão da família e de costumes, e a questão religiosa. Na Grécia. É quase que um discurso universal. Tá? Então, o que aconteceu? Aqui no Brasil, nós ganhamos as eleições, derrotamos o Bolsonaro, agora o que nós precisamos é derrotar essa narrativa fascista que tem no Brasil", apontou.
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"E aí nós vamos ter que exigir que as forças democráticas se manifestem, não importa a que partido político a pessoa pertença, não importa qual é a origem social das pessoas, o que nós queremos é que todas as pessoas, sabe, do mais humilde brasileiro ao mais importante brasileiro, ou seja, ao mais importante jornalista, ao mais importante intelectual, que todos se manifestem em defesa da democracia, porque a democracia é a única possibilidade da gente construir uma nação forte e soberana".
Extrema-direita nos EUA com Trump
Lula também comentou sobre sua viagem aos EUA e agenda com o presidente Joe Biden, que deve ocorrer no próximo dia 10, afirmando que a ala radical republicana está criando força.
"Eu vou lá e vou conversar com o Biden, eu quero saber como é que ele está lidando. Porque pela imprensa que eu leio, me parece que o pessoal dos republicanos está ficando mais forte, parece que o discurso radical está ficando mais forte, e me parece que os democratas estão tendo um pouco de dificuldade. Aí vai ter eleições daqui dois anos".
Na pauta, Lula disse que um dos assuntos tratados será a democracia e disse que buscará saber "o que os democratas farão para ganhar as eleições" americanas.
"Eu espero que a gente possa discutir um pouco a democracia no mundo, o que está acontecendo lá e o que está acontecendo aqui, porque é muito parecido. Sabe? Então, é preciso que os democratas digam o que eles vão fazer para ganhar as eleições, porque a gente não pode voltar à anormalidade que o Trump criou nos Estados Unidos", concluiu.
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