O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta terça-feira (17/1) que o Brasil precisa "aproveitar a liderança de Lula" nas relações internacionais. O ministro foi questionado, durante participação em painel no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, sobre as expectativas para quando o Brasil assumir a presidência do G20, em dezembro deste ano. O grupo reúne 19 países mais a União Europeia, e representa as nações mais ricos do globo.
"Estamos começando a preparar a agenda internacional do presidente Lula. Não somente neste fórum, mas também em outros fóruns importantes. Nós vamos ao BRICS, ao Mercosul. Então estamos alinhando todas as estrelas, dando ao Brasil muita responsabilidade", afirmou Haddad. Ao seu lado estava a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
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Lula tem três prioridades na agenda internacional, segundo Haddad
Segundo o chefe da Fazenda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é "um diplomata nato", e "consegue fazer com que pessoas em posições opostas consigam chegar em um acordo". Haddad citou ainda que Lula tem três prioridades que quer levar ao debate internacional: ações pela paz, combate à fome e desigualdade, e a questão ambiental.
"Eu acho que é a hora para que nós aproveitemos ao máximo a liderança do presidente Lula, para colocar isso na agenda internacional, para colocar alguns pontos que são muito caros a ele", disse o ministro. "Ele acredita que o compromisso dos chefes de Estado com a paz deveriam ser mais claros, mais resolutos e definitivos. Se o mundo quer paz, ele tem que trabalhar por ela, e não só desejá-la", completou.
Sobre o combate a desigualdade, Haddad citou o programa Bolsa Família implementado no primeiro mandato de Lula e disse que, com 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, o programa acabou com a fome. Na questão ambiental, o ministro da Fazenda defende que Lula "tem feito uma mudança de paradigma".
"Você não pode falar sobre paz e democracia sem falar sobre as relações internacionais. Então eu acho que isso é um pacote completo, uma visão de mundo que eu acredito que Lula está numa posição muito boa para defender, por conta da sua experiência anterior em grandes mesas de negociação", finalizou Fernando Haddad.
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