A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, declarou nesta terça-feira (17/1) que sentiu falta da liderança do Brasil na agenda ambiental, e que o governo pretende recolocar o país nesse cenário. Segundo ela, os anúncios feitos até agora pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram "no sentido de que estamos de volta".
"O presidente Lula foi para a COP 27 e foi recebido de forma muito calorosa. As pessoas o procuravam e diziam sentir falta do Brasil em todos esses eventos multilaterais. E também sentimos falta da liderança que o Brasil sempre teve no tema da agenda ambiental, da luta contra a desertificação, a proteção da biodiversidade, e todas as contribuições que fizemos para os processos de negociação e tudo o que conseguimos ganhar em termos da agenda climática", declarou a ministra do Meio Ambiente.
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Marina participou nesta terça, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em um painel especial sobre o Brasil no Fórum Econômico Mundial. Eles também discutiram a reação do governo federal aos atos terroristas de 8 de janeiro e como o surgimento de grupos extremistas é um fenômeno mundial.
Sinergia entre Meio Ambiente e Fazenda
"O Brasil já havia saído do Mapa da Fome, mas agora voltou. Nós tínhamos atingido um ciclo virtuoso para reduzir o desmatamento, e hoje nós temos níveis recordes de desmatamento. A agenda ambiental foi completamente desmontada", afirmou Marina. "Os anúncios feitos pelo presidente Lula são basicamente no sentido de que estamos de volta, Estamos de volta na agenda internacional para falar sobre o clima, para falar sobre metas ambiciosas para o clima e também para a biodiversidade", acrescentou.
Segundo Marina, o Brasil não quer ter liderança somente na conservação das florestas e da biodiversidade, mas também na agenda climática. Para a ministra, "existem boas regulamentações internacionais, mas pouco investimento". Ela também reafirmou o compromisso interno do governo de acabar com o desmatamento ilegal até 2030.
"Nós temos um compromisso para que o Brasil saia de uma economia intensiva de carbono para uma economia de baixo carbono. Estamos falando da transição ecológica, bioeconomia, todos esses investimentos. Eu tenho muito orgulho de falar sobre eles aqui, mas todos esses investimentos foram acordados pelo nosso ministro da Fazenda", afirmou Marina, ao lado de Haddad, citando que os gastos com políticas ambientais foram removidos do teto de gastos e que o governo realocou R$ 500 milhões para o ministério do Meio Ambiente. "E acho que a sinergia que nós estabelecemos é uma característica do governo Lula, pelo terceiro mandato agora", completou.
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