A primeira-dama Janja da Silva disse, no domingo (15/1), que terroristas roubaram um conjunto de prata do Palácio do Planalto durante a invasão nos prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Em sua fala, durante entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, Janja detalhou que o artefato roubado havia sido um presente de uma embaixada.
Ela contou que o conjunto de prata ficava sob uma mesa de seu gabinete. Além do conjunto de prata relatado por Janja, outros objetos foram furtados e danificados durante a invasão bolsonarista extremista. Como danos no quadro As Mulatas, do pintor Di Cavalcanti, avaliado em R$ 8 milhões. A tela ficava no Salão Nobre do Palácio do Planalto e foi rasgada a facadas por bolsonaristas.
A tela O Flautista, de Bruno Giorgi, e o relógio de Balthzar Marinot, do século XVII, também foram examinadas pelas autoridades.
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Recuperação
Diante disso, o Ministério da Cultura, em parceria com técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Unesco detalharam prejuízos dos ataques de domingo e propõem a criação de comissão para recuperar patrimônio.
Segundo a titular da Cultura, o processo para a restauração dos prédios e das obras de arte vão demandar esforços que durarão "alguns meses".
Conforme o relatório, não há bens móveis nem imóveis que sejam irrecuperáveis entre as obras e o patrimônio danificados, mas alguns podem exigir mais esforço que outros, caso do relógio Balthazar Martinot, confeccionado pelo relojoeiro do rei Luís XIV. A peça é do século 17 e foi presente da corte francesa para Dom João VI. Leandro Grass, presidente do Iphan, explicou que algumas obras têm valor inestimável.
"De maneira geral, a gente tem uma leitura que a maioria dos danos são reparáveis. A maioria dos bens imóveis são reparáveis", explicou Maurício Goulart, coordenador técnico substituto da superintendência do Iphan.
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