O interventor federal Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, declarou nesta sexta-feira (13/1) que a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) "não está feliz", mas, sim, "machucada" pelo que ocorreu nos ataques terroristas de domingo (8). Cappelli declarou ainda ter plena confiança na corporação, e que seus membros tomaram a iniciativa de agir mesmo com a falta de comando.
"A PMDF, ministro (Flávio Dino), não está feliz. A PMDF está machucada, obviamente, pelo que aconteceu na noite do dia 8. Mas eu tenho que dar o depoimento do que eu vi", disse Cappelli, durante cerimônia no Ministério da Justiça para homenagear os envolvidos na operação de defesa da democracia. O interventor afirmou ainda ter plena confiança de que a PMDF irá "separar o joio do trigo" e restaurar a confiança da população.
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Além de Cappelli, estavam presentes na Mesa o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos. A solenidade ocorreu em uma sala no mezanino do Palácio da Justiça.
Segundo o interventor, a PMDF tomou a iniciativa de abrir inquéritos contra os manifestantes. "Eu tenho plena confiança na PMDF, nós, homens e mulheres valorosos. São os mesmos homens que garantiram uma operação exemplar no dia 1° de janeiro na posse do presidente Lula. A corporação não mudou do dia 1° para o dia 8", reforçou Cappelli.
"A missão mais difícil da minha vida"
A operação da Polícia Federal ocorreu entre 8 e 11 de janeiro, fazendo a triagem das mais de 1,4 mil pessoas presas pelos atos terroristas.
De acordo com Cappelli, a operação de defesa à democracia foi "a missão mais difícil da minha vida, que eu recebi do presidente Lula". O interventor declarou também que a atuação do Corpo de Bombeiros Militar foi a maior que já viu, e elogiou o trabalho da corporação e da comandante, coronel Mônica de Mesquita Miranda. "Postura irretocável", afirmou.
Em seu discurso, Cappelli elogiou ainda a Polícia Civil do Distrito Federal e o Detran.
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