O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (12/1) que “a única coisa que ele não queria” no dia da posse era que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passasse a faixa a ele.
“(A cerimônia de posse) Não só foi bonita pela quantidade de gente, pelo simbolismo da alegria do pessoal, era como se as pessoas tivessem sendo libertadas de um pesadelo. Ela foi bonita pelo simbolismo do povo colocar a faixa no meu pescoço”, relatou, apontando que a ideia partir da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja.
“Aquilo foi uma ideia da Janja e das pessoas que cuidaram da posse. E foi uma ideia genial porque tinha ali catadores de papel, tinha índio, tinha portador de deficiência. Ou seja, a gente tentou mostrar o povo. A única coisa que eu não queria era que o Bolsonaro me passasse a faixa. Era a única coisa que eu não queria”, alfinetou.
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Lula citou ainda a presença da cachorrinha de estimação na posse. “E ainda tivemos o orgulho de levar a cachorrinha Resistência porque ela é um símbolo desde que eu fui para a PF (Polícia Federal). Ela apareceu lá, foi cuidada. Depois, a Janja tratou dela, levou para casa, eu casei con Janja e adotei a Resistência.”
Segundo o presidente, “era muito simbólico que ela subisse a rampa comigo, ela viveu numa situação muito difícil. Ela faz parte da minha vida agora, fez parte da minha prisão, da minha libertação e da minha vitória, e tem que fazer parte do meu governo”, concluiu.
A faixa presidencial foi passada a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por uma mulher negra e catadora cooperativista. Foi a primeira vez na história do Brasil que o fato ocorre. Antes de chegar ao petista, a faixa foi passada pela mão de outros sete representantes da sociedade: um menino preto, um homem com deficiência, um metalúrgico, um professor, uma cozinheira, um artesão ativista e um cacique indígena.
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