Sanção presidencial

"Histórica", diz Dino sobre lei que equipara injúria racial a racismo

O ministro da Justiça destacou ainda, nesta quinta-feira (12/1), que a lei também cria penas para quem tentar fechar igrejas ou agir violentamente contra manifestações religiosas

Victor Correia
postado em 12/01/2023 12:27 / atualizado em 12/01/2023 12:27
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, classificou nesta quinta-feira (12/1) como "histórica" a lei que equipara o crime de injúria racial ao crime de racismo, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em suas redes, o ex-governador do Maranhão destacou que a lei também protege a liberdade religiosa.

"Uma lei história: injúria racial é racismo. Penas mais severas, com proporcionalidade", declarou o ministro em sua conta no Twitter. "Parabéns ao presidente Lula e ao Congresso Nacional", completou.

A sanção presidencial foi publicada na edição de ontem do Diário Oficial da União (DOU) e conta também com as assinaturas de Flávio Dino, da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.

A Lei 14.532, de 11 de janeiro de 2023, altera a Lei do Crime Racional, de 1989. De acordo com a nova redação, a pena para o crime de injúria racial passará de um a três anos de reclusão, como é atualmente, para de dois a cinco anos de reclusão, equiparando-se ao racismo. A injúria racial também passa a ser inafiançável e imprescindível.

Lei cria pena contra ataques a igrejas e manifestações religiosas

Dino ressaltou que a lei sancionada por Lula também protege a liberdade religiosa. O texto prevê pena de um a três anos de reclusão e multa para quem agir violentamente ou impedir a práticas religiosas.

"Depois de ontem, quando o presidente Lula assinou a Lei 14.532, tornando crime atacar ou tentar fechar igrejas e locais de culto, alguém ainda vai acreditar em absurdas mentiras? Queremos paz e protegemos a liberdade religiosa de todos", afirmou o ministro. Desde a campanha eleitoral, o presidente Lula é alvo de notícias falsas dizendo que ele pretende fechar igrejas. Porém, o chefe do Executivo nunca defendeu a ação.

O projeto que criou a lei sancionada foi aprovado pelo Congresso Nacional no dia 7 de dezembro. 

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