O policiamento na Praça dos Três Poderes está reforçado diante das possíveis manifestações bolsonaristas marcadas para o início da noite desta quarta-feira (11/1), em Brasília. Em frente ao Palácio do Planalto, há viaturas da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e da Guarda Nacional, além de homens do Exército com escudos. O DF está sob intervenção federal, mas, antes de a medida ser instituída no último domingo (8), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) havia autorizado o emprego da Guarda Nacional entre sábado e segunda-feira últimos.
Em frente ao principal anexo do Supremo Tribunal Federal (STF) estão posicionadas viaturas e policiais judiciários. Procurada, a assessoria de imprensa do Supremo não soube confirmar se o efetivo decorre do receio de novos atos criminosos no local. O Congresso Nacional também aumentou o alerta a ataques extremistas, alocando maior proteção policial. A Esplanada dos Ministérios permanece fechada.
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Mais cedo, o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator de ações que fazem parte de inquéritos antidemocráticos, decidiu, diante de pedido da Advocacia-Geral (AGU), que sejam realizadas operações ostensivas nas rodovias federais a fim de evitar aglomerações de cunho bolsonarista. As medidas poderão ser realizadas por polícias militares estaduais, autorizou Moraes.
“Intime-se com urgência, inclusive por meios eletrônicos, o Diretor-Geral da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal; os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, os Procuradores-Gerais de Justiça e os Comandantes das Polícia Militares de todos os Estados-membros e do Distrito Federal; e os Prefeitos Municipais das Capitais dos Estados membros.”
Na peça enviada ao STF, a AGU cita “a mobilização em redes sociais de grupos antidemocráticos, com o intuito de organizar, promover e divulgar a ‘MEGA MANIFESTAÇÃO NACIONAL – PELA RETOMADA DO PODER’, a ocorrer em todo o território nacional, especialmente nas capitais dos Estados, nesta data, 11/01/2023, às 18h” e pede o “monitoramento de redes sociais, notadamente grupos de trocas de mensagens eletrônicas na plataforma digital TELEGRAM. E apresenta o teor da postagem que circula nesses meios, na qual indicado o local de concentração em cada capital.”
Lula
A última agenda de Lula desta manhã aconteceu com Veneziano Vital (MDB-AL), interino de Rodrigo Pacheco (PSD) como presidente do Senado e do Congresso, e Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara. Conforme a assessoria do petista, as novas ameaças de ataques à democracia não estavam na pauta de discussão entre os chefes dos Três Poderes. “A reunião é para o recebimento do decreto aprovado [...] foi transferida para hoje para ter representantes do Senado e da Câmara”, disse a assessoria.
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