Consequência

O que pode acontecer com os servidores que participaram dos atos antidemocráticos?

De acordo com a CGU, os servidores públicos que estiveram presentes nas invasões poderão ser exonerados por lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional

Yasmin Rajab
postado em 11/01/2023 10:32
 (crédito:  Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Servidores públicos que forem identificados como participantes dos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília, no último domingo (8/1), poderão sofrer sérias punições. 

De acordo com o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, os servidores que estiveram presentes nos atos de invasão poderão perder seus cargos. 

Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (9/1), o ministro classificou os ataques terroristas como "atos de tentativa de aniquilamento do Estado Democrático de Direito no Brasil”, que são “atentado à moralidade administrativa, ao patrimônio público”. Ele ainda acrescentou que os participantes devem ser punidos com o “rigor da legislação”.

Após os ataques, a CGU informou, por meio de nota, que irá orientar todos os órgãos e entidades do Poder Executivo a instaurar procedimentos administrativos para apurar e punir os servidores públicos que participaram dos atos de invasão. 

Com registro nas redes sociais, vários extremistas bolsonaristas que se envolveram no quebra-quebra já foram identificados. Em grupos públicos do Telegram, os envolvidos divulgaram imagens e vídeos exaltando o ataque e impulsionando a exposição nas demais redes.

Além disso, influenciadores, internautas e anônimos também somam esforços para identificar os participantes em busca de justiça. 

Coronel da reserva do Exército é exonerado

Na última terça-feira (10/1), foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) a exoneração do coronel da reserva do Exército Adriano Camargo Testoni, do Hospital das Forças Armadas (HFA), após o militar ter publicado vídeos participando dos ataques terroristas. 

Adriano atuava como assessor da Divisão de Coordenação Administrativa e Financeira do HFA. Em um dos vídeos, o homem soltou diversas ofensas enquanto uma mulher ao lado dele tentava proteger os olhos das bombas de efeito moral lançadas pela Polícia Federal. 

Além dele, uma servidora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) também foi exonerada. Flávia Caroline Andrade Eller é apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro e esteve presente nos atos de vandalismo em Brasília. 

Um ex-comandante da Polícia Militar do DF foi preso após a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão de Fábio Augusto Vieira foi determinada na tarde de terça-feira (8/1). 

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