atos antidemocráticos

Após boatos, José Múcio nega que deixará o Ministério da Defesa

Nas redes sociais, internautas comentam sobre uma suposta renúncia do ministro, mas, em nota, ele negou a possibilidade

Aline Brito
postado em 11/01/2023 00:56 / atualizado em 11/01/2023 00:56
 (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

O ministro da Defesa, José Múcio, negou que irá renunciar ao cargo. O comunicado foi emitido na noite desta terça-feira (10/1) após boatos sobre a renúncia circularem nas redes sociais. Por meio de nota, Múcio garantiu que a informação é “completamente falsa”.

“O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, informa que não pediu renúncia do cargo. É completamente falsa a informação que circula nas redes sociais”, ressaltou.

Uma pressão nas redes sociais para que Múcio deixe o ministério ganhou força após circular a informação de que ele teria sido contra a expulsão dos bolsonaristas que estavam acampados há mais de dois meses em frente ao Quartel General do Exército de Brasília e que familiares e amigos do ministro fariam parte do grupo.

"A questão daquelas manifestações dos acampamentos, eu falo, assim, com muita autoridade, porque eu tenho parentes lá. Tenho de Recife, têm alguns amigos aqui. É uma manifestação da democracia”, afirmou o ministro durante posse no Ministério da Defesa. “A gente tem que entender que nem todos os adversários são inimigos. Eu acho que daqui um pouquinho aquilo vai se esvair e chegar a um lugar que todos nós queremos", opinou Múcio na ocasião.

Além dos conhecidos que Múcio declarou ter em meio aos bolsonaristas acampados no QG, o capitão-de-mar-e-guerra reformado Vilmar José Fortunato, que ocupava o cargo de assessor no Ministério da Defesa, participou dos ato antidemocrático de domingo (8/1). Uma foto do militar da Marinha em frente ao Congresso Nacional, que foi invadido, foi suficiente para internautas questionarem a postura de Múcio.

Pressão de dentro

A pressão não se fez somente nas redes sociais. Dentro do Partido Trabalhista para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitisse o ministro também cresceram depois dos atos de vandalismo em Brasília na domingo (8/1), integrantes do partido e aliados do governo alegam que ele teria sido conivente com os acampamentos bolsonaristas no QG.

O deputado André Janones é um dos que pressionaram pela renúncia de Múcio. Por meio do Twitter Janones afirmou que, de acordo com fonte seguras, o ministro iria renunciar “nas próximas horas”.

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