JUSTIÇA

STF marca data para definir sobre afastamento de Ibaneis do GDF

O chefe do Executivo local foi afastado das funções após os atos terroristas na Praça dos Três Poderes no domingo (8/1)

Pablo Giovanni*
postado em 10/01/2023 19:35 / atualizado em 10/01/2023 19:35
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar, em plenário virtual, nesta quarta-feira (11/1), sobre o afastamento de Ibaneis Rocha do governo do Distrito Federal, após determinação do ministro Alexandre de Moraes — que definiu o afastamento do chefe do Executivo local por 90 dias.

A decisão tomada por Moraes é monocrática, e por isso o tema tem que ser analisado com os demais ministros do STF. Os magistrados teriam que retornar ao trabalho presencial em fevereiro, mas uma decisão da presidente Rosa Weber determinou a convocação de uma sessão extraordinária, que foi aberta durante todo o recesso.

A decisão de manter ou não o afastamento de Ibaneis da cadeira do Palácio do Buriti vai iniciar na quarta-feira e encerrar no mesmo dia. Os ministros terão durante toda a quarta-feira (11/1) para votarem. O inicio da votação começa ainda na madrugada, às 0h (no começo de quarta) e segue até às 23h59 da mesma quarta para votarem. Serão quase 24 horas de análise.

O chefe do Executivo local foi afastado das funções após os atos terroristas na Praça dos Três Poderes no domingo (8/1). Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) destruíram as sedes do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal.

Celina no cargo e pedido de desculpas de Ibaneis

Antes de ser afastado do cargo, o governador Ibaneis Rocha se pronunciou por meio de vídeo. Ele pediu desculpas aos chefes dos Poderes pelos atos de terrorismo na capital do país. Na segunda, por meio de nota, após ser afastado, o chefe do Executivo local afirmou que respeita a decisão do ministro. "Respeito a decisão do Ministro Alexandre de Moraes, mas reitero minha fé na Justiça e nas instituições democráticas. Vou aguardar com serenidade a decisão sobre as responsabilidades nos lamentáveis fatos que ocorreram em nossa capital", escreveu.

No texto, Ibaneis ainda diz repudiar "às cenas de barbarismo amplamente divulgadas" e que é necessário "a responsabilização de toda a rede que possa existir de financiamento de atos antidemocráticos, observando-se, por óbvio, o devido processo legal."

A vice Celina Leão já iria assumir o comando da capital do país em 16 de janeiro, em virtude da viagem de Ibaneis aos Estados Unidos. O chefe do Executivo local, no entanto, decidiu cancelar as férias em família, programadas desde outubro, após os atos terroristas na Praça dos Três Poderes.

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