O Plenário do Senado Federal aprovou a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal nesta terça-feira (10/1). O decreto vai à promulgação. A medida foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no último domingo, em resposta aos ataques terroristas e antidemocráticos realizado por bolsonaristas radicais.
Na abertura da sessão, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) definiu os vândalos como "minoria golpista" e ressaltou a importância e simbolismo da reunião emergencial realizada nesta segunda-feira (9) no Palácio do Planalto. O presidente Lula reuniu no depredado Palácio do Planalto os 27 governadores brasileiros, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e outros ministros como Luis Roberto Barroso e Ricardo Lewandowski.
Lula também comandou uma caminhada do Planalto até o STF com os representantes dos Poderes da República. "Ontem, em reunião inédita e histórica, realizada em caráter emergencial, chefes de Poder e os representantes dos estados brasileiros vieram demonstrar não apenas solidariedade. Vieram demonstrar que os Poderes da República e os entes federados estão unidos para preservar a democracia e suas instituições", disse Pacheco.
A ministra do Planejamento, senadora Simone Tebet (MDB-MS), lamentou a deprdação da Casa Maior e mencionou a destruição de um quadro com a imagem de seu pai, o ex-presidente do Senado, Ramez Tebet. A ministra reforçou o discurso de que a democracia venceu a barbárie.
"Sobre meu pai, pela história dele, ele pagou por mim, mas ele estaria orgulhoso por eu estar do lado certo da história. Se hoje sou quem sou é por causa do espírito público que ele me ensinou", disse a ministra de Lula.
Apenas sete senadores votaram contra a medida, a maioria do PL e de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), são eles: Carlos Viana (PL-MG), Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Eduardo Girão (Podemos-ES), Plínio Valério (PSDB-AM), Styvenson Valentim (Podemos-RN), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Zequinha Marinho (PL-PA).
Flávio, filho 01 de Bolsonaro fez discurso para tentar desvincular o nome do pai das manifestações extremistas. Ele repetiu o jargão do ex-presidente ao citar que ele jogava "dentro das quatro minhas da Constituição".
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