Atos terroristas

"Golpistas tentaram tomar a democracia para si", diz Pacheco

Sessão é realizada com bom quorum de senadores pessoalmente em Plenário, dois dias após atos de vandalismo no Senado Federal

Raphael Felice
postado em 10/01/2023 12:35 / atualizado em 10/01/2023 14:13
 (crédito: Raphael Felice/CB/DA Press)
(crédito: Raphael Felice/CB/DA Press)

O presidente do Senado Federal e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) definiu como "golpistas" os terroristas que atacaram as Sedes dos Três Poderes no último domingo. O senador falou durante a abertura da sessão, realizada durante recesso, de forma extraordinária nesta terça-feira (10/1), para votar o decreto de intervenção federal à segurança pública, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no último domingo e aprovado na noite de segunda pela Câmara dos Deputados.

Pacheco afirmou que os brasileiros assistiram "consternados" os atos de vandalismo de "uma minoria inconformada com o resultado eleitoral", e que responsáveis diretos, financiadores e agentes públicos omissos serão responsabilizados.

"Brasília foi atacada. Prédios públicos, símbolos nacionais, obras que representam a história de nossa pátria foram depredados. Alguns poucos quiseram destruir e humilhar as sedes dos Poderes da República Brasileira".

"Essa minoria antidemocrática não representa o povo brasileiro, nem a vontade do povo brasileiro. Essa minoria golpista não irá impor sua vontade por meio da barbárie, da força e de atos criminosos", disse Pacheco. "Essa minoria extremista será identificada, investigada e responsabilizada, assim como seus financiadores, organizadores e agentes públicos dolosamente omissos", acrescentou.

Pacheco ressaltou, ao Plenário, que não haja confusão entre "o espírito de pacificação e conciliação com inércia e leniência". O senador também citou um discurso histórico de Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Constituinte da Constituição Federal de 1988.

"Democracia se faz com diálogo e tolerância, mas também com instituições fortes e com meios para sua defesa e preservação. E estejam certos: as instituições brasileiras são fortes". Ulysses Guimarães afirmou, na promulgação da Constituição, em defesa do Estado Democrático de Direito, “discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca. Traidor da Constituição é traidor da Pátria”.

"Quero dizer às brasileiras e aos brasileiros, aqueles que respeitam as instituições e que sabem o real valor de se viver em democracia, que o que assistimos domingo não irá se repetir. O Brasil não vai ceder diante de golpismos. A democracia prevalecerá", disse Pacheco.

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