O novo diretor-geral da Polícia Federal, delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues, tomou posse no cargo nesta terça-feira (10/1), em solenidade realizada na sede da Polícia Federal, em Brasília. Em seu discurso, Passos condenou os atos terroristas perpetrados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na capital federal, no último domingo (8/1), e declarou que "a violência virtual mostrou a sua face real e materializou-se perigosamente diante de todos nós".
O chefe da corporação, ao ser empossado, reforçou que o combate às fake news será uma das prioridades da PF na nova gestão. "Vidas de colegas policiais foram colocadas em risco. A segurança física da nossas instalações foi comprometida. As sedes dos Poderes, atacadas por criminosos. A violência virtual mostrou a sua face real e materializou-se perigosamente diante de todos nós. As palavras de ódio se concretizaram em ações tangíveis, que ameaçaram o edifício do Estado Democrático de Direito", declarou Andrei Passos.
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Estiveram na solenidade autoridades como o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a ministra da Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, o ministro do Trabalho e do Emprego, Luiz Marinho, o chefe da Advogacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, entre outros.
"Felizmente, as nossas instituições resistiram. Desinformação em massa, manipulação, ameaças e mesmo ações terroristas não intimidaram os órgãos responsáveis pela guarda da Constituição Federal e pela garantia do respeito à soberania popular", afirmou o diretor-geral da PF. "O Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com olhar atento e ação firme, desempenharam papel essencial para a história do nosso país, atuando de forma enérgica e à altura dos riscos envolvidos", completou, citando especialmente Alexandre de Moraes. O magistrado também discursou na solenidade.
Operação contra terroristas presos é "maior operação de polícia legislativa da história"
Em seu discurso de posse, Andrei Passos também se comprometeu a fazer uma gestão que cuide dos servidores da Polícia Federal e destacou o papel das mulheres na corporação. "Nós teremos duas diretoras pela primeira vez na história da Polícia Federal e o maior número de superintendentes mulheres da nossa história", disse. O novo diretor-geral também reafirmou o compromisso da PF com o Estado Democrático de Direito. "Esse será o norte inafastável na gestão das investigações policiais, que serão coordenadas com base no trinômio da qualidade da prova, na autonomia investigativa e na responsabilidade, com absoluto rigor em relação a desvios ou personalismos", frisou.
Passos também frisou que a PF não permitirá interferências em sua atuação. "Não permitiremos que projetos pessoais, interferências ou pressões de agentes públicos, grupos ou holofotes da mídia pautem qualquer ação institucional. Absolutamente nenhum desvio de finalidade será tolerado", pontuou.
Declarou, ainda, que a operação realizada contra os terroristas que depredaram a Esplanada, oriunda das mais de 1.500 prisões, foi "a maior operação de polícia legislativa na história". Desde domingo, a PF atua na triagem e investigação dos presos levados ao ginásio da Academia Nacional da Polícia Federal, em Brasília. "Aqueles que praticaram crimes ou se omitiram quando deveriam agir serão responsabilizados. A Polícia Federal, no limite das suas responsabilidades, não irá tolerar ataques à democracia", finalizou.
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