ATOS GOLPISTAS

Analista de sistemas e motoboy são presos após ataque terrorista no DF

Rafael Teixeira Marques Rebouças, 35 anos, e Valmirando Rodrigues Pereira, 43, moram no DF e participaram da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes

Darcianne Diogo
postado em 09/01/2023 23:39 / atualizado em 10/01/2023 14:57
Valmirando, um dos presos, durante a ação deste domingo (8/1) -  (crédito: Material cedido ao Correio)
Valmirando, um dos presos, durante a ação deste domingo (8/1) - (crédito: Material cedido ao Correio)

Investigadores da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) identificaram e prenderam, nesta segunda-feira (9/1), mais dois homens acusados de participar dos atos democráticos desse domingo (8/1) — que resultou na depredação das sedes dos Três Poderes. O Correio apurou que os detidos são Rafael Teixeira Marques Rebouças, 35 anos, e Valmirando Rodrigues Pereira, 43.

Os dois integram o grupo de mais de 1,2 mil extremistas que também foram detidos pelas forças de segurança. Nesta segunda-feira (9/1), as centenas de pessoas detidas foram conduzidas à Academia Nacional da Polícia Federal (PF). Outro grupo, de 204 pessoas, foram levados ao Complexo Penitenciário da Papuda e à Colmeia, onde aguardarão a audiência de custódia.

Rafael e Valmirando foram identificados pelos policiais da 1ª DP como integrantes do grupo extremista que invadiu e depredou o Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF). As estruturas dos prédios ficaram completamente destruídas.

Os dois presos são moradores do DF. Rafael trabalha como analista de sistemas e reside em Taguatinga. Já Valdemiro, presta serviço de motoboy em uma lanchonete da Asa Sul. Eles serão enquadrados pelo crime previsto no artigo 359-M do Código Penal: ‘tentar depor governo legitimamente constituído’. A pena é de quatro a 12 anos de prisão. O artigo foi incluído na legislação penal por uma lei aprovada pelo Congresso em 2021. Na época, trechos da proposta foram vetados pelo então presidente Jair Bolsonaro. No entanto, o ex-chefe do Executivo não tocou no dispositivo que agora está sendo usado contra seus apoiadores.

A Polícia Civil do Distrito Federal precisou convocar delegados, investigadores e escrivães para darem conta da burocracia das prisões, como coleta de depoimentos e exame de corpo delito. Os atos estão concentrados no Complexo da Polícia Civil, em Brasília.

Segundo Karlos Eduardo de Souza Mares, advogado de defesa de Rafael, o investigado é inocente das acusações. "[Ele] estava manifestando pacificamente como grande parte das pessoas presentes. Informo que Rafael não tem passagens pela polícia, apresenta ocupação lícita e residência fixa e por esses fatos aliados a ausência de provas da prática de qualquer crime a defesa impetrará um Habeas Corpus diretamente no STF", pontuou.

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