A ex-primeira-dama da Paraíba Pâmela Bório (PSC) participou dos atos terroristas que invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Superior Tribunal Federal (STF), neste domingo (8/12), em Brasília. A jornalista publicou nas redes sociais imagens de si mesma e de outros bolsonaristas no telhado do Congresso, uma área restrita.
Após a repercussão das imagens, Pâmela desativou a conta no Instagram. Nos stories da rede social, ela havia publicado vídeos e fotos dos atos antidemocráticos no gramado da Praça dos Três Poderes. Em alguns trechos dos vídeos, é possível ver o filho dela, de 12 anos, na altura do memorial JK, com uma mochila nas costas e roupas azuis. As imagens do menino não serão divulgadas pelo Correio em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
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Antes de desativar o perfil, Pâmela Bório usou o instagram para negar que tenha levado a criança às manifestações. “O meu filho está de férias e ontem estava passeando no shopping com seus tios enquanto eu estava fazendo os registros que todos podem ver nos stories e linha de destaques”, justificou.
Pâmela Bório é jornalista e natural de Senhor do Bonfim, na Bahia. Ela também é suplente de deputado federal pelo PSC na Paraíba.
Ela é ex-mulher do ex-governador Ricardo Coutinho (PT), um dos grandes aliados de Lula na Paraíba, e veio a Brasília acompanhada do filho, que é menor de idade. A criança é vista nas imagens feitas por ela na capital federal.
Pâmela se divorciou de Ricardo em 2015, e após o divórcio ela teria postado nas redes sociais textos difamatórios e inverídicos que atacavam a imagem do ex-governador. Em 2017, uma decisão judicial obrigou Pâmela a apagar as postagens e determinou que ela não citasse mais o ex-governador nas redes sociais.
Outras polêmicas
Um ano depois, em 2018, ela se candidatou a deputada federal. Como não se elegeu, ficou como suplente. O mandato, no entanto, foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma vez que o divórcio aconteceu ainda durante o segundo mandato de Ricardo Coutinho, que acabou em 2018, ou seja, ela estaria inelegível.
Neste mesmo ano, ela se envolveu em outra polêmica após derrubar o portão da Granja Santana, residência oficial do governador da Paraíba, com o carro. Na época, Pâmela alegou que ficou com medo de ser agredida após entrar na residência para encontrar o filho e, por isso, saiu de maneira brusca, derrubando o portão. Ela foi absolvida do crime de dano qualificado ao patrimônio, pela Justiça da Paraíba, em 2019.
Pâmela Bório também já foi investigada na Paraíba, em 2013, quando ainda era esposa do então governador Ricardo Coutinho. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) investigou despesas realizadas pela Casa Civil do estado na residência oficial do governador. Uma auditoria do Tribunal de Contas havia apontado que as despesas haviam sido encomendadas por ela.
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