O expediente na Câmara dos Deputados e no Supremo Tribunal Federal (STF) foi suspenso nesta segunda (9/1). O prédio do Senado também foi interditado e o acesso de servidores e jornalistas aos prédios vandalizados segue restrito.
A decisão foi tomada após os ataques que ocorreram neste domingo (8/1), quando extremistas bolsonaristas invadiram as sedes dos Três Poderes. Em nota, a Câmara informou que a entrada na Casa ficará restrita a pessoas previamente convocadas ou autorizadas pela diretoria-geral.
A restrição ocorrerá enquanto peritos trabalham no levantamento dos danos e na coleta de material para as investigações. O Salão Azul, no Senado, é uma das áreas fechadas. As autoridades ainda não estimaram o tamanho do prejuízo.
Rosa Weber, presidente do STF, lamentou o episódio que deixou grande parte do patrimônio destruído. "O STF atuará para que os terroristas que participaram desses atos sejam devidamente julgados e exemplarmente punidos. O prédio histórico será reconstruído. A Suprema Corte não se deixará intimidar por atos criminosos e de delinquentes infensos ao Estado Democrático de Direito", disse a ministra em nota.
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Bolsonaristas furaram bloqueio para invadir os prédios
Um grupo de bolsonaristas invadiu o Congresso Nacional, o Senado Federal, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal no domingo (8/1). No local, policiais militares tentaram, de maneira frustrada, conter as invasões utilizando spray de pimenta.
A Esplanada dos Ministérios estava fechada desde sábado (7/1), devido os atos bolsonaristas programados para este domingo. As manifestações foram organizadas nos últimos dias por meio de grupos de apoio ao ex-presidente no WhatsApp e Telegram, com o intuito de “cercar Brasília” e “parar tudo”.
Os extremistas saíram do acampamento em frente ao Quartel General do Exército, no Setor Militar Sul, por volta de 13h30, em direção à Esplanada, com cartazes de: “Forças Armadas, cumpra seu julgamento” e “Para libertar o Brasil do comunismo”.
Apesar de não terem sido cadastrados junto à Secretaria de Segurança Pública, a pasta garantiu que os atos públicos seriam monitorados de maneira integrada entre as forças de segurança e outros 29 órgãos.
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