Terror em Brasília

Lula vistoria prédios do Planalto e STF após ataques de bolsonaristas

Antes da chegada de Lula nos prédios, agentes das Forças de Segurança fizeram uma varredura para procurar artefatos explosivos escondidos nos locais

Pedro Grigori
postado em 08/01/2023 23:18 / atualizado em 08/01/2023 23:18
 (crédito: Reprodução/Redes Sociais - Ed Alves/CB/DA PRESS)
(crédito: Reprodução/Redes Sociais - Ed Alves/CB/DA PRESS)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou para Brasília, na noite deste domingo (8/01), e visitou os prédios do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante o dia, a sede dos três poderes, na Esplanada dos Ministérios, foi vandalizada por apoiadores extremistas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O petista visitou a sede do Executivo ao lado da primeira-dama, Janja da Silva; de Gleisi Hoffmann, presidente do PT; Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Relações Institucionais; e Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência. As imagens foram registradas pela TV Globo. 

Antes da chegada de Lula nos prédios, agentes das Forças de Segurança fizeram uma varredura para procurar artefatos explosivos escondidos nos locais. Os agentes identificaram que os bolsonaristas roubaram armas e munições do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), no Planalto, destruíram obras de arte e móveis. Um dos poucos locais que os vândalos não conseguiram entrar foi o gabinete do presidente Lula, que tem uma porta blindada e reforçada.

Após vistoriar o Planalto, Lula foi ao prédio do STF, onde foi recebido pela ministra Rosa Weber, presidente da Corte, e pelo ministro Luís Roberto Barroso. O petista aproveitou para conversar com os ministros do STF sobre os acampamentos montados em frente ao Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano de Brasília.

O cenário no STF é ainda pior do que no Planalto. Até mesmo as poltronas do plenário do Supremo e o brasão foram arrancados. 

Intervenção federal

Mais cedo, Lula estava no município de Araraquara, interior de São Paulo, para vistoriar áreas atingidas por temporais. Por volta das 18h, ele fez um pronunciamento condenando os ataques em Brasília.  O chefe do Executivo ainda decretou intervenção federal no Distrito Federal até 31 de janeiro. A medida já é válida.

"O objetivo da intervenção é pôr termo a grave comprometimento da ordem pública no Distrito Federal, marcada por atos de violência e invasão de prédios públicos".

Segundo o decreto, o interventor escolhido por Lula é Ricardo Garcia Cappelli.

"O interventor poderá requisitar se necessário, os recursos financeiros, tecnológicos, estruturais e humanos do Distrito Federal afetos ao objeto e necessários à consecução do objetivo da intervenção", diz outro trecho do documento.

"O interventor poderá ainda requisitar a qualquer órgão, civis e militares da administração pública federal, o meios necessários para consecução do objetivo da intervenção".

Também poderão ser requisitados, durante o perídio da intervenção, os bens, serviços, e servidores das áreas da Secretaria de Estado e Segurança do Distrito Federal, da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do DF para emprego nas ações de segurança pública determinadas pelo interventor.

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