Durante a primeira reunião ministerial, na manhã desta sexta-feira (6/1), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou contra a corrupção e garantiu que os ministros que se envolverem em irregularidades serão afastados e investigados. “Não faço distinção e não quero criminalizar a política”, afirmou.
“Quem fizer errado, sabe que tem só um jeito. A pessoa será simplesmente, da forma mais educada possível, convidada a deixar o governo e, se cometeu algo grave, a pessoa terá que se colocar diante das investigações e da própria Justiça”, declarou.
O presidente emendou: “Eu já carreguei na pele muitas coisas ruins. Eu já presidi esse país por oito anos e fiz muitas reuniões nesta mesa. Eu só tenho um compromisso com esse país: ser honesto com o povo brasileiro e ser leal e honesto com vocês”.
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Confira trecho da reunião
A ausência de declarações contra a corrupção havia sido uma das críticas do ex-juiz federal e agora senador eleito pelo Paraná, Sergio Moro (União Brasil), que julgou os processos contra Lula no âmbito da Operação Lava-Jato. “Não quero atrapalhar a festa, mas, em algum momento, vocês ouviram Lula falar em combater a corrupção nos seus discursos de ontem?”, disse Moro em uma publicação no Twitter na última segunda-feira (2).
Apoio do Congresso
Lula reforçou também a importância de que os ministros mantenham boa relação com o Congresso Nacional, para viabilizar a aprovação de projetos caros ao Executivo pelo Legislativo, e disse não ter vergonha de montar um governo com “gente da política”. "Muitos de vocês são resultado de acordos políticos, porque não adianta a gente ter o governo tecnicamente mais formado em Harvard possível e não ter um voto na Câmara dos Deputados, no Senado”, disse.
O presidente frisou ainda a necessidade de ajuda dos parlamentares nas duas casas. “Nós não mandamos no Congresso, nós dependemos do Congresso. Por isso, cada ministro tem que atender bem cada deputado ou deputada, cada senador ou senadora. Nós precisamos manter uma boa relação com o Congresso e cada um de vocês, ministros, tem a obrigação de manter a mais harmônica relação com o Congresso Nacional".
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