O deputado federal Marcelo Freixo anunciou que está de saída do PSB rumo ao PT. O congressista expôs uma relação complicada com Alessandro Molon, que comanda a sigla no Rio de Janeiro, e afirmou não haver “construção partidária”.
“Preciso estar num lugar que tenha construção partidária, coisa que não teve no PSB”, disse. “Minha conversa com o PT é para fazer esse processo de formação política e construir uma frente democrática ampla liderada pelo partido, onde eu possa ajudar”, explicou, em entrevista ao jornal O Globo.
Sou muito grato ao PSB. O partido cumpriu papel importante na nossa campanha para o governo do RJ, nos permitindo construir uma aliança histórica com legendas do campo progressista e do centro. Quero agradecer nominalmente ao presidente Carlos Siqueira.
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) January 4, 2023
Durante a campanha eleitoral, Freixo e Molon se desentenderam sobre a candidatura a ser apoiada para o Senado - Molon, que se candidatou, acabou derrotado por Romário (PL). O PSB se dividiu entre o apoio a André Ceciliano (PT) e o próprio Molon, que não abriu mão de sua candidatura à Casa.
Com os votos “espalhados” na esquerda carioca, o caminho ficou mais fácil para que Romário fosse reeleito. Membros dos dois partidos também afirmam que a eleição do ex-atacante da Seleção Brasileira ajudou na eleição de Cláudio Castro (PL) como governador do Rio de Janeiro, ganhando do próprio Freixo no segundo turno.
Escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para chefiar a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Freixo ressaltou que a carta de desfiliação foi entregue pessoalmente ao presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.
O deputado federal esteve no PT entre 1986 e 2003, de onde saiu para o PSOL. Em junho de 2022, deixou o partido para concorrer às eleições estaduais pelo PSB.
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