A medalhista olímpica e ex-jogadora de vôlei Ana Moser tomou posse na manhã desta quarta-feira (4/1) como ministra do Esporte. A solenidade ocorreu no Palácio do Planalto. Em seu discurso, a ministra declarou que sua gestão pretende construir "efetivamente algo novo, maior do que a gente tem hoje". Ela citou ainda os índices de sedentarismo no país, que aumentaram com a pandemia da covid-19.
"Acho mais difícil a missão aqui do que Brasil e Cuba, né? Eu chorava menos, durante o jogo", disse Ana Moser ao iniciar o seu discurso, emocionada. À época em que jogava na Seleção Brasileira de Vôlei, havia forte rivalidade do time com a seleção cubana.
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A nova ministra prometeu, ao assumir o cargo, "encaminhar as questões de todas as dimensões do esporte, que são muitas e diversas, e que a gente possa enfim ter um espírito de muita conversa, e contribuição, e colaboração, para que a gente efetivamente construa algo novo. Maior do que a gente tem hoje. E que aumente muito a relevância que o esporte tem frente à sociedade em geral."
"Um dos países mais sedentários do mundo"
Estavam presentes na solenidade parlamentares, líderes de organizações esportivas e outros ministros do novo governo, como a da Saúde, Nísia Trindade, a da Igualdade Racial, Anielle Franco, e o da Educação, Camilo Santana. Aos pares, Moser disse que as pastas trabalharão em conjunto.
"O Brasil é um dos países mais sedentários do mundo. Nós temos cerca de 30% só da nossa população ativa. Esses índices pioraram com a pandemia da covid, de uma maneira muito desigual. Se por um lado pessoas como eu tivemos mais tempo no confinamento para fazer atividade física, outras pessoas não tiveram condições e aumentou a inatividade física", discursou a ministra do Esporte, citando ainda que o sedentarismo no Brasil é muito anterior à pandemia.
Em sua fala, Moser relatou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu uma "revolução no esporte", e disse que o chefe do Executivo entende a importância do tema por ter jogado futebol de várzea. "Teve muito entendimento, e essa é a grande janela de oportunidade que se abriu, ao ter no presidente Lula esse desportista", disse, ressaltando que não é preciso ser bom na atividade esportiva para desfrutar dos seus benefícios.
"Nós temos um ecossistema de esporte do país, com atividade física, que apresenta uma série de lacunas. Nós temos e produzimos talentos esportivos, projetos campeões. Conquistamos uma representatividade esportiva que muito nos orgulha e emociona", discursou ainda Moser.
O Ministério do Esporte perdeu seu status e tornou-se uma secretaria vinculada ao Ministério da Cidadania na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A retomada da pasta foi uma das promessas de campanha de Lula.
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