A relação do governo brasileiro com alguns setores da sociedade que apoiam bandeiras diferentes das do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) virou pauta da entrevista com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), no programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (2/1).
Ao ser questionado sobre como o novo governo vai dialogar com empresário do agronegócio — grupo com forte representação no Congresso Nacional e na economia — já que algumas medidas do governo Lula atingem as bandeiras levantadas por esse grupo, como a revogação do decreto que flexibiliza a posse de armas, Rui diz que as ideias não representam a totalidade do grupo.
“Como governador, eu me propus a dormir em diversas fazendas de empresários do agronegócio no oeste da Bahia, lá vi laboratoriais que fazem alta tecnologia. Empresário agricultor não quer armas, quer é produzir mais. Essa paixão por armas pode ser de quem quer ser militar, não é a paixão de quem quer produzir”, opinou.
Ele comparou o comportamento de alguns grupos bolsonaristas extremistas aos de uma de seita, mas afirmou que isso não abrange a maior parte sociedade. “A minha sensação é que estamos superando um período quase de uma seita. Quando eu vi imagens de pessoas ajoelhadas e rezando de frente a um canhão de guerra velho, que serve de símbolo de um quartel, eu me lembrava da adolescência quando vi no noticiário que 300 pessoas se suicidaram porque a seita falou que deveria”, declarou o ministro.
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Apesar das ações radicais, Rui acredita que as pessoas que apresentam tal comportamento não são maioria da sociedade e “nem de longe” grande parte do empresariado do agronegócio.
“Esses pensamentos não contaminarão a relação do governo com esse setor. Faremos encontros com setores do agronegócio para que em uma mesa a gente discuta o que é melhor para nosso Brasil”, pontua.
O programa que recebe Rui Costa é apresentado pela jornalista Vera Magalhães e tem cinco entrevistadores: Fábio Zambeli, analista-chefe do Jota; Fernando Exman, diretor do Valor Econômico em Brasília; a jornalista Marina Dias, da New Yorker; a repórter de política d'O Globo Jussara Soares; e a repórter especial da Folha de S.Paulo Catia Seabra.
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