Em uma solenidade restrita a parentes, militares de alto escalão e alguns políticos, o novo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, assumiu formalmente o cargo, na tarde desta segunda-feira (2/1), reafirmando o discurso de pacificação das Forças Armadas. Os quatro comandantes militares participaram da posse, reforçando o caráter institucional das relações entre militares e o poder civil. Os três chefes de Armas foram nomeados na semana passada pelo então presidente Jair Bolsonaro: Julio Cesar de Arruda, no Exército; Marcos Sampaio Olsen, na Marinha; e Marcelo Kanitz Damasceno, na Aeronáutica. O novo chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas é o almirante Renato Rodrigues de Aguiar Freire, que toma posse na próxima quinta-feira (5/2).
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“Infelizmente nós somos passionais, emotivos. E essa eleição foi extremamente acirrada e faltou, no final, algumas conversas, algumas palavras, mas o clima já é favorável. As duas partes já estão em desarmamento em nome da nossa fraternidade brasileira”, disse o ministro, após a solenidade, usando uma metáfora militar.
No breve discurso que fez ao assumir o cargo, José Múcio Monteiro disse que vai buscar, “na direção política superior das Forças Armadas, coordenar esforços e assegurar meios e condições para que possam cumprir suas missões”.
Em entrevista coletiva, após a cerimônia, o ministro falou dos acampamentos de grupos bolsonaristas em frente a quartéis em várias cidades do país. Disse que o movimento está “se esvaindo”, indicando que não haverá nenhuma ação coercitiva para retirá-los. Revelou que tem “parentes e amigos” acampados em Recife e em Brasília, mas considerou os protestos como “manifestações da democracia”. “Nunca antes na história deste país nós tivemos uma posse tão tranquila, tão alegre, cada um respeitou os seus espaços, quem era contra, quem era a favor.”
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