O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, tomou posse nesta terça-feira (2/1) em cerimônia no Palácio do Planalto. Em discurso, Padilha disse que "o Brasil voltou a respirar", defendeu o diálogo e, em indireta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que a “metralhadora contra a oposição acabou”.
"Não existe alguém aqui que vai falar de metralhada contra a oposição. Essa época acabou. Nós queremos diálogo com partidos que compõem a base de governo e teremos diálogo e respeito com partidos que estão na oposição", disse.
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Padilha afirmou que sua pasta terá quatro missões, as quais caracterizou como “terapias” para o Brasil: a defesa da democracia, diálogo, reabilitar o respeito institucional e o cuidado para com a população.
"Nesse ministério está proibido agredir ou insultar qualquer agente político. Está proibido desrespeitar ou discriminar qualquer pessoa pela situação socioeconômica", completou, mencionando ainda que racismo, homofobia e misoginia também estão proibidos", declarou. Além disso, em mais uma alfinetada a Bolsonaro, disse que no terceiro andar do Planalto, onde funciona o gabinete presidencial, estava instalada uma "máquina de fabricar guerras e conflitos todos os dias".
O ministro pregou ainda responsabilidade fiscal. "Um país que não tem responsabilidade fiscal é um país entregue para a insegurança econômica. Não queremos nem barbárie, nem insegurança econômica."
Por fim apontou ainda que recriará o chamado "conselhão" político de Lula, que passará a se chamar “Conselho do Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável”.
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Quem é Alexandre Padilha
Deputado federal reeleito pelo PT de São Paulo, Alexandre Padilha foi ministro nos governos Lula (2009-2010) e Dilma Rousseff (2011-2014), tendo chefiado as pastas das Relações Institucionais e da Saúde, respectivamente. Também assumiu as mesmas pastas durante a gestão de Fernando Haddad (2015-2016) na Prefeitura de São Paulo.
No Ministério das Relações Institucionais da Presidência da República, Padilha articulou, junto ao Congresso, a aprovação de diversos projetos de iniciativa do Executivo, como: o marco regulatório do Pré-Sal; a lei de regulamentação do Fundeb; o Estatuto da Igualdade Racial; a Lei de Consórcios Públicos; a Lei das PPPs; a Lei Nacional de Saneamento; e o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social.
Coordenou a implantação federativa, em parceria com governos estaduais e municipais, de programas como o Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Também coordenou o diálogo com atores econômicos no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, uma das razões para a escolha como um dos interlocutores junto aos atores econômicos durante a campanha do presidente Lula em 2022. Criou o programa Mais Médicos.
Também é professor dos cursos de Medicina e Saúde da Universidade Nove de Julho/UNINOVE e da São Leopoldo Mandic, e colaborador nas disciplinas do Mestrado profissional da Unicamp.
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