Posse

Lula diz que irá corrigir falta de direitos do povo preto: "Inaceitável"

Presidente mencionou ainda, em seu discurso neste 1º de janeiro, temas como direitos dos povos indígenas e equidade salarial entre gêneros

Tainá Andrade
postado em 01/01/2023 19:16 / atualizado em 01/01/2023 19:25
 (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Em seu primeiro discurso como presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu, neste domingo, 1º de janeiro, que o combate à desigualdade e suas sequelas será “a marca” de seu governo. Ao tomar posse, o petista discorreu sobre temas históricos que precisam ser revistos na estrutura brasileira.

Esse foi, inclusive, segundo ele, um dos motivos para a criação do Ministério da Igualdade Racial, com o qual pretende corrigir a falta de direitos e oportunidades ao povo preto do país, o que considera algo “inaceitável”.

“Ninguém será cidadão ou cidadã de segunda classe, ninguém terá mais ou menos amparo do Estado, ninguém será obrigado a enfrentar mais ou menos obstáculos apenas pela cor de sua pele”, disse.

Povos indígenas

Da mesma forma, Lula destacou também que os povos indígenas não podem ser vistos como um “obstáculos ao desenvolvimento”, mas, sim, como “parte fundamental” da nação. “Por isso estamos criando o Ministério dos Povos Indígenas, para combater 500 anos de desigualdade.”

O presidente defendeu, em seu discurso, a demarcação das terras, a preservação da cultura e a garantia da sustentabilidade. “(Os povos indígenas) Precisam ter suas terras demarcadas e livres das ameaças das atividades econômicas ilegais e predatórias”, alertou.

Igualdade de gênero

Em relação à população feminina, Lula frisou a diferença salarial entre homens e mulheres, que ainda é alta no Brasil, assim como a ausência ou pouca representatividade delas em espaços de decisão. Além disso, destacou a violência que esse grupo sofre diariamente.

“Não podemos continuar a conviver com a odiosa opressão imposta às mulheres, submetidas diariamente à violência nas ruas e dentro de suas próprias casas”, declarou.

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