O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou o compromisso de combate à fome no Brasil em seu discurso de posse logo após receber a faixa presidencial neste domingo (1°/1).
“O principal compromisso que assumimos foi de lutar contra a desigualdade e a extrema pobreza, e garantir a cada pessoa o direito de tomar café da manhã, almoçar e jantar. E nós cumprimos esse compromisso. Vinte anos depois, voltamos a um passado que julgávamos enterrado. A fome é filha da desigualdade, que é mãe dos grandes males que atrasam o desenvolvimento do Brasil. A desigualdade apequena este nosso país de dimensões continentais, ao dividi-lo em partes que não se reconhecem”, apontou.
Lula citou ainda casos de brasileiros procurando ossos no lixo para alimentar a família e sem moradia, que repercutiram na mídia recentemente. “O Brasil é grande, mas a real grandeza de um país reside na felicidade de seu povo. E ninguém é feliz de fato em meio a tanta desigualdade. Nos últimos anos, o Brasil voltou a ser um dos países mais desiguais do mundo. Há muito tempo não víamos tamanho abandono e desalento nas ruas. Mães garimpando lixo, em busca do alimento para seus filhos. Famílias inteiras dormindo ao relento, enfrentando o frio, a chuva e o medo”, disse.
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O presidente destacou o tamanho da desigualdade no país. “Fila na porta dos açougues, em busca de ossos para aliviar a fome. E, ao mesmo tempo, filas de espera para a compra de jatinhos particulares. Tamanho abismo social é um obstáculo à construção de uma sociedade justa e democrática, e de uma economia próspera e moderna”.
Diante de tudo isso, Lula garantiu que se compromete a combater as desigualdades e à fome. “Reassumo o compromisso de cuidar de todos, sobretudo daqueles que mais necessitam. De acabar outra vez com a fome. Temos um imenso legado, ainda vivo na memória de cada brasileiro e brasileira, beneficiário ou não das políticas públicas que fizeram uma revolução neste país”.
Por fim, o chefe do Executivo pregou união no país. “Juntos, somos fortes. Divididos, seremos sempre o país do futuro que nunca chega, e que vive em dívida permanente com o seu povo. Se queremos construir hoje o nosso futuro, viver num país plenamente desenvolvido para todos e todas, não pode haver lugar para tanta desigualdade”.
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