Quebra do protocolo: Sonia Guajajara pode ser a primeira ministra empossada

Na Ordem de Procedência, nome dado ao procedimento de ordem das posses dos ministros, o primeiro a ser chamado deveria ser Rui Costa, escolhido para chefiar a Casa Civil

Tainá Andrade

postado em 01/01/2023 16:41 / atualizado em 01/01/2023 16:43

(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Indicada para comandar a pasta dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara poderá ser a primeira ministra empossada, o que seria uma quebra de protocolo. Na Ordem de Procedência, nome dado ao procedimento de ordem das posses dos ministros, o primeiro a ser oficializado deveria ser Rui Costa, escolhido para chefiar a Casa Civil, porém, o ineditismo do ministério dos povos originários ocasionou a provável mudança.

Já estão presentes no Palácio do Planalto quatro nomes do primeiro escalão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na fila escolhida para acomodá-los na cerimônia de posse, a primeira é Sônia Guajajara (Povos Originários), seguida por Rui Costa (Casa Civil), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e José Múcio Monteiro (Defesa). 

Para assistir ao empossamento da primeira ministra dos Povos Originários, um comboio de 30 indígenas foi trazido ao Planalto. Entre elas está a deputada federal eleita Célia Xakriabá (PSol-MG). Oito pessoas são de sua terra natal, no Maranhão, e seis são da família de Guajajara, entre elas sua filha, Y’wara Guajajra, 16 anos.

“É muito emocionante, é de se arrepiar saber a trajetória dela, da minha vida toda, acompanhar ela na luta e ver ela ocupando lugares cada vez mais importantes, principalmente para o país. Ela sempre quis um país melhor e ocupar esses espaços é para se orgulhar bastante, dividindo o espaço com várias pessoas importantes para a luta”, disse Y’wara ao Correio.

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