Encerrando 28 anos de gestão tucana no Estado de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos) e seu vice, Felício Ramuth (PSD), tomaram posse do governo do Estado de São Paulo nesta manhã. Em seu primeiro discurso como governador do Estado, ele agradeceu o presidente Jair Bolsonaro, reafirmou promessa de realizar uma gestão técnica e pediu maior força política a São Paulo.
"Meus agradecimentos, como não poderia deixar de ser, ao presidente Jair Bolsonaro que enxergou o que ninguém havia enxergado naquele momento, quanta ousadia", disse.
Tarcísio fez um discurso focado em políticas sociais e na diminuição da pobreza, alegou que o Estado precisa ampliar o próprio peso político para equiparar com o econômico e disse que vai promover um ambiente de diálogo na Alesp.
"Vamos trabalhar na construção de consensos e convencimento por meio de trabalho técnico. Vamos buscar maioria para realizar programas e manter profundo respeito pelos adversários", afirmou.
Tarcísio chegou às 9h na Assembleia Legislativa para participar da cerimônia. Em entrevista à TV Alesp, disse que quer estabelecer relação de diálogo com os parlamentares e cumprir os compromissos estabelecidos na campanha. "Os primeiros dias serão de muito trabalho, Pretendemos fazer as primeiras entregas e leilões importantes como o do Rodoanel", afirmou.
Ele recebeu das mãos do presidente da Casa, Carlão Pignatari (PSDB), uma réplica do Monumento às Bandeiras, do artista plástico Victor Brecheret.
Participaram da cerimônia o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB), o presidente do PSD e futuro secretário de Governo e Relações Institucionais Gilberto Kassab, autoridades e deputados estaduais. Entre eles, acompanhou a cerimônia o deputado Douglas Garcia, que hostilizou a jornalista Vera Magalhães em debate na TV Cultura e foi criticado por Tarcísio. Também participou o presidente do Tribunal Regional Eleitoral Paulo Galizia, a quem Tarcísio elogiou pela condução do processo eleitoral.
Ao chegar na Alesp, Tarcísio foi recebido com gritos de apoio por manifestantes que ocupam a porta do Comando Militar do Sudeste, vizinho à Assembleia. O grupo questiona o resultado das urnas e pede intervenção militar.
O novo governador inicia hoje sua gestão na administração paulista com o desafio de consolidar seu próprio grupo político. Eleito na esteira de seu padrinho, Jair Bolsonaro (PL), ele tem como principal articulador político o presidente do PSD, Gilberto Kassab. Como mostrou o Estadão, conciliar diversos grupos políticos com a proposta de um governo técnico foi o que norteou a formação do novo secretariado.
Tarcísio agora segue ao Palácio do Planalto, onde recebe do governador Rodrigo Garcia o Pavilhão do Governador e empossa seu secretariado.
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