Ante os atos extremistas dos últimos dias, por parte de bolsonaristas inconformados com o resultado das eleições, a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá esquema de segurança reforçado. O Governo do Distrito Federal (GDF) limitou o acesso à Praça dos Três Poderes: 30 mil pessoas serão autorizadas a entrar. A chegada ao local só poderá ser a pé. Todos passarão por revista dos policiais.
Por causa das ameaças de bomba, que na sexta-feira chegou à sétima ocorrência, a revista será feita por policiais militares, e haverá agentes infiltrados na multidão. Mil servidores da Polícia Federal atuarão e 400 da Polícia Rodoviária Federal estarão a postos.
Com a presença tímida do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Lula trocou os comandos militares, que tiveram protagonismo na coordenação da logística de 2019, pelos diretores das forças de segurança institucional — policiais federais, militares, civis e bombeiros.
O planejamento estratégico da segurança da posse foi montado pelo novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino; pelo diretor-geral indicado para a Polícia Federal, André Passos; pelo o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB) e pela a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP/DF). A participação dos militares ficou restrita à Força Nacional e aos atos institucionais. O GSI foi colocado em segundo plano.
Atuarão, também, o Corpo de Bombeiros, o Samu, o Detran e a PRF. Com isso, a posse tende a ter o maior esquema de segurança já visto para cerimônias do tipo no Brasil. "Isso se deve, principalmente, porque, nessas eleições, o grande protagonista foi o antagonismo. Ou seja, os extremos em confronto. Então, o fator emocional é muito grande em casos como esse", destaca Fagner de Oliveira Dias, especialista em economia do crime e gestão de segurança pública.
Dias orienta que, aquelas pessoas que forem acompanhar a cerimônia e os eventos culturais posteriores devem ficar atentas aos comportamentos de risco e informem ao grupo policial mais próximo. "Foi montada uma cidade policial que é um esquema de segurança que permite a agilidade na movimentação de tropas, um forte esquema de investigação feito pela Polícia Civil", explica. "A gente acredita que será um esquema de segurança muito forte. Mesmo assim, deve-se tomar cuidado apesar do atenuante da declaração do presidente Jair Bolsonaro de que acabou, que não tem mais o que fazer (a respeito do resultado eleitoral)", acrescenta o especialista.
Normas
Para garantir a tranquilidade na realização dos eventos, uma série de itens foram proibidos no perímetro da Esplanada dos Ministérios. "A Secretaria de Segurança e alguns órgãos estão divulgando em suas redes sociais alguns itens que serão proibidos durante os eventos na Esplanada. Por exemplo, animais, exceto cães-guias. É proibido também as pessoas portarem laser e similares, armas brancas de qualquer tipo, barracas, tendas, drogas ilícitas", diz Flávio Alencar, especialista em segurança pública.
"A gente verifica um elevado emprego dos agentes de segurança para os eventos que ocorrerão ao longo da Esplanada. Mas tenho certeza que o planejamento da SSP com os demais órgãos federais vai garantir a sensação de segurança para as pessoas que estarão presentes", sinaliza.
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