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GDF mantém diálogo com Exército para desmobilizar acampamento no QG até dia 1º

Ibaneis promete esforço total das polícias Civil e Militar para garantir uma posse pacífica do presidente eleito Lula. Governador diz manter diálogo com o Exército pela desmobilização do acampamento do QG antes de 1º de janeiro

O governador Ibaneis Rocha disse que a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) está em diálogo com o Exército para acelerar a desmobilização do acampamento de bolsonaristas instalado em frente ao QG da corporação. O objetivo é que os manifestantes desocupem a área, voluntariamente, antes da cerimônia de posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. As declarações foram dadas após reunião com os futuros ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio Monteiro e com o próximo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos.

"Aguardamos novas operações até a data da posse para que possamos desmobilizar esses movimentos. Temos consciência de que o Exército vem cuidando disso diariamente. Desmontando parte dos acampamentos para trazer um movimento de mais tranquilidade. Não só para o momento da posse, mas para os próximos quatro anos", afirmou Ibaneis. "Não consideramos como movimento legítimo o que vem acontecendo. Queremos ter a pacificação da nossa cidade e do nosso país."

De acordo com o chefe do Executivo local, foram retiradas ao menos 40 barracas e duas cozinhas do acampamento, e a expectativa é que haja uma "desmobilização natural" até o dia da posse, em 1º de janeiro.

Dino informou que Lula deseja a retirada pactuada dos manifestantes, porém não descarta a possibilidade de uma "desocupação compulsória" caso não haja diminuição da quantidade de manifestantes até amanhã.

"A desmobilização dos acampamentos, quanto mais se der de modo pactuado, melhor. Essa foi uma opção do presidente neste momento. É claro que, se não houver essa providência, outras serão tomadas", avisou o futuro ministro da Justiça. "Temos uma linha de diálogo com o GDF e com o ministro Múcio de convencimento das Forças Armadas de que aquilo constitui um risco para as próprias Forças", acrescentou.

Para José Múcio, foi um ato isolado a tentativa de atentado terrorista do fim de semana, cometida pelo empresário George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, um integrante do acampamento do QG do Exército — ele tentou explodir uma bomba perto do aeroporto de Brasília. "Os movimentos têm sido pacíficos. No monitoramento se confirma isso", justificou.

Efetivo completo

Amanhã é o prazo estabelecido pelo grupo que atua na coordenação da posse para fazer uma reavaliação em relação à segurança do evento. Por enquanto, não será feita nenhuma mudança no roteiro da cerimônia. Dino assegurou que tanto o rito tradicionais quanto a celebração popular ocorrerão como o elaborado, mas serão executados dentro de um "planejamento dinâmico".

Para isso, Ibaneis reiterou o compromisso de mobilizar todo o efetivo das forças de segurança da capital para atuar no dia da posse — o número, porém, não foi informado pela SSP-DF.

"Temos a preparação do policiamento ostensivo para o dia da posse. Obtivemos esse compromisso no sentido de que haverá mobilização integral, 100% do efetivo da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros para garantir segurança ao presidente e às delegações estrangeiras, assim como ao restante das pessoas", declarou Dino. "Não serão pequenos grupos terroristas, extremistas que vão emparedar a democracia brasileira. Não tem espaço, não terão espaço. Contamos com o GDF no cumprimento de garantia da ordem pública", complementou.

Ibaneis garantiu que o governo não vai tolerar extremismos, sobretudo no dia da posse. "Temos um grande sistema de inteligência voltado para grandes eventos. Para todos aqueles que tiverem pensando em algo parecido (como o ocorrido no sábado), pode ter certeza que será repreendido", assegurou.

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