O futuro ministro da pasta de Relações Institucionais, o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), disse que a equipe de transição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva já estava em alerta desde o final das eleições para os riscos de segurança, especialmente para o dia da posse.
“O alerta em relação a posse vem desde o começo, quando nós ganhamos as eleições, e o atual presidente da República, numa postura antidemocrática, até hoje não reconheceu a derrota, não teve o gesto civilizado de fazer uma ligação ao Presidente eleito, já diplomado presidente Lula. Pelo contrário, incitou bolsonaristas a tentarem fazer algum tipo de reação a desrespeitar a Constituição e as eleições, e transformaram essas frentes de quartéis em verdadeiras incubadoras de atos violentos, de atos que tentam respeitar a democracia e o resultado eleitoral”, criticou.
Segundo Padilha, o alerta também cabe às autoridades do Governo do Distrito Federal (GDF), que tem responsabilidade sobre a segurança no território de Brasília. “A capital do país está se preparando de forma muito organizada para essa festa simbólica. O próprio governo de transição, através do nosso ministro da justiça, tem agido em relação a isso, assim como o delegado Andrei (responsável pela segurança pessoal do presente toda a campanha), que tem se preparado em relação a isso para que a gente possa ter uma grande festa”, frisou.
Na avaliação do deputado federal eleito, Lindbergh Farias (PT-RJ), além da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF), cabe uma ação mais enérgica das Forças Armadas. O ex-senador argumenta que como George Washington - o homem preso por planejar um atentado terrorista - estava em dos acampamentos montados em frente ao QG do Exército em Brasília.
“Existe por parte do comando militar uma atitude muito tolerante. Aquela é uma área deles. Espero que os novos comandantes e os atuais tomem uma atitude antes do dia 31. Acho que isso tranquiliza todo o evento da posse do presidente Lula”, disse. “Depois dessa possibilidade de um ato terrorista, com um homem que estava naquele acampamento, o bom senso diz que as instituições, Forças Armadas e Secretaria de Segurança devem desarmar aquele acampamento. O que se quer é um ato tresloucado de uma pessoa que esteja participando destes acampamentos”, frisou.
Faixa presidencial
A expectativa sobre qual autoridade irá passar a faixa ao presidente eleito segue no ar. Tudo indica que o atual presidente, Jair Bolsonaro, irá viajar para fora do país no dia 1º de janeiro e, portanto, não irá passar a faixa ao seu sucessor. Padilha criticou o ato.
“Isso é típico do pífio líder que ele se demonstrou neste momento. Bolsonaro se mostrou mais uma vez um líder de barro, não aguenta o primeiro tranco. Se escondeu depois do resultado das urnas, se escondeu depois da derrota eleitoral, foi absolutamente irresponsável com o Orçamento que encaminhou ao Congresso Nacional”, disparou.
“Então, Bolsonaro essa atitude de fugir do Brasil e ir lá pros braços de Trump, é típica de um líder de barro que demonstrou após as eleições que não tem a menor condições de dirigir um país com o Brasil e nem de liderar um movimento”, avaliou o futuro ministro.
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