Após reunião do Diretório Nacional do Psol, a sigla decidiu na tarde deste sábado (17/12) a manutenção de sua aliança com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) compondo a base do novo governo no Congresso Nacional. Já a participação na administração por meio de cargos ficou condicionada ao licenciamento do filiado de funções de direção que ocupe no PSOL.
Na resolução intitulada "Psol com Lula contra o bolsonarismo e pelos direitos do povo brasileiro" e em indireta ao presidente Jair Bolsonaro (PL), o partido destacou que a eleição do petista foi uma vitória necessária contra ataques à democracia.
"Diante das ameaças permanentes de golpe, o Psol estará com Lula em defesa da legitimidade do novo governo. Jamais seremos indiferentes aos ataques da direita ao governo. Ao contrário, não pode haver nenhuma dúvida entre o Psol e a oposição de extrema-direita. A eleição de Lula foi uma vitória necessária contra o projeto ecocida e autoritário de ataques à democracia, contra a avalanche de perda de direitos e devastação da Amazônia. Mas a extrema-direita mostrou ter apoio de setores das classes dominantes, das Forças Armadas, das polícias e até mesmo de setores populares", pontuou.
A sigla, no entanto, destacou que não terá cargos na gestão Lula, mas abriu exceções.
"O Psol apoiará o governo Lula em todas as suas ações de recuperação dos direitos sociais e de interesses populares. Estaremos presentes nas trincheiras do parlamento e nas lutas do povo brasileiro, combatendo a extrema-direita e defendendo o governo democraticamente eleito, mas o Psol não terá cargos na gestão que se inicia. Ainda assim, compreendemos que a indicação de Sonia Guajajara, como liderança do movimento indígena, para o ministério dos povos originários é uma conquista de extrema importância para uma luta tão atacada por Bolsonaro e deve ser respeitada pelo partido".
"Destacamos que o Psol preserva sua autonomia de organização e, portanto, os filiados que, no caso de convidados, optem por ocupar funções no governo federal, devem se licenciar dos espaços de direção partidária. A eventual presença nesses espaços não representa participação do Psol".
Para Juliano Medeiros, presidente nacional do partido, o resultado da reunião foi bastante positivo. "Conseguimos ajustar as diferenças internas no Psol e reafirmar nosso apoio ao governo Lula para reconstruir o Brasil. Ao mesmo tempo, manteremos nossa essência combativa em defesa das políticas de justiça social, ajudando o novo presidente a entregar um país melhor para todos daqui quatro anos", apontou.
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