A Procuradoria-Geral da República (PGR) recorreu da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que incluiu as práticas de vandalismo na investigação que apura os atos violentos dos bolsonaristas em Brasília, na noite da última segunda-feira (12/12). O órgão quer que a inclusão seja revista pelo magistrado ou levada para apreciação dos demais integrantes da Corte.
Segundo a Procuradoria, a conduta dos bolsonaristas já é analisada em outros procedimentos no STF. A PGR ainda alegou que as depredações na capital "apenas narraram o teor de matérias jornalísticas, sem inovar ou trazer consigo quaisquer elementos que possam contribuir para a elucidação dos fatos", e que os atos não têm relação com o inquérito das milícias digitais.
Saiba Mais
"Para complementar, as novas comunicações de crimes também não trazem fatos a serem contemplados por esta investigação, porquanto não veiculam elementos concretos e reais de inserção em uma organização criminosa que atenta contra a Democracia e o Estado de Direito, menos ainda com a presença de alguma autoridade com prerrogativa de foro no Supremo Tribunal Federal", diz o documento da PGR.
Na segunda-feira, os bolsonaristas aterrorizaram a noite de Brasília. Em uma sequência de atos violentos, foram incendiados carros e ônibus, e até mesmo uma delegacia da área central da capital foi depredada. Os extremistas chegaram a invadir a Polícia Federal para tentar libertar o cacique José Acácio Serere Xavante, preso por participação em atos antidemocráticos.
Newsletter
Assine a newsletter do Correio Braziliense. E fique bem informado sobre as principais notícias do dia, no começo da manhã. Clique aqui.
Cobertura do Correio Braziliense
Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!