A preocupação da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) de confronto entre manifestantes não se concretizou. Para a diplomação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do vice, Geraldo Alckmin (PSB), nesta segunda-feira, somente militantes petistas ocuparam o espaço destinado ao público, na frente ao prédio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A cerimônia, para as centenas de petistas, de diversos estados brasileiros, foi considerada uma festa da vitória.
A professora da rede pública estadual de São Paulo, Zenaide Honório, 58 anos, foi para Brasília com colegas do sindicato de professores da sua região. "Eu não poderia perder esse momento histórico do nosso país", disse.
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Uma das apoiadoras do presidente eleito, Mercedes Pereira Gonçalves, 70 anos, se destacava por destoar do vermelho da multidão. Veio de Governador Valadares (MG) e decidiu saudar a diplomação com uma blusa de lantejoulas, que formavam a bandeira brasileira. No pescoço, carregava um escapulário.
Além disso, segurava uma camiseta que estampava a campanha de Tancredo Neves para a presidência no início da década de 1980. Ela estava coberta por autógrafos, entre eles o dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Itamar Franco e Dilma Rousseff (PT).
Mercedes pretendia conseguir mais duas assinaturas: a do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, por quem demonstrou admiração. "O Moraes é nota 10", declarou à reportagem.
Ao ser questionada sobre o autógrafo que faltava - do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL) -, ela foi cirúrgica: "Nunca quis". Para o próximo governo, deseja uma boa gestão. "Eu acho que o Lula vai ser um bom presidente pela experiência que ele tem agora", disse.