EXPECTATIVA

Bolsonaro resiste a passar faixa a Lula e atribui derrota a Moraes

Presidente entende que sua participação na posse de Lula passaria uma mensagem de concordância com o resultado das urnas

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda resiste à ideia de passar a faixa ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 1° de janeiro de 2023. Internamente, Bolsonaro atribui sua derrota ao ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que teria beneficiado Lula durante a campanha de 2022.

Para Bolsonaro, participar da posse de Lula passaria uma mensagem de concordância com o resultado das urnas. No início deste mês, o vice-presidente e senador eleito pelo Rio Grande do Sul, general Hamilton Mourão (Republicanos), declarou à CNN Brasil que Bolsonaro deveria passar a faixa presidencial ao presidente eleito e sussurrar no ouvido dele que “estaria de olho”. Ele também parafraseou o ex-premiê britânico Winston Churchill, dizendo ser necessário "altivez".

"Sou um fã do Winston Churchill, ele disse que na vitória nós temos que ser magnânimos e na derrota temos que ser altivos e desafiadores. Então, o presidente em um gesto altivo e desafiador entregue a faixa ao novo presidente, ao Lula e diga no ouvidinho dele: 'fica atento que eu vou tá olhando tudo aquilo que você tá fazendo'", afirmou.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), foram diplomados nesta segunda-feira (12/12) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. Acompanhe a cerimônia abaixo.

A diplomação é a cerimônia em que a Justiça Eleitoral atesta que os candidatos foram efetivamente eleitos pelo povo e, por isso, estão aptos para assumirem seus cargos. A posse de Lula e Alckmin ocorrerá no dia 1º de janeiro de 2023.

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