A futura primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja — responsável pelos preparativos da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) —, afirmou que 12 chefes de Estado já confirmaram presença na cerimônia de 1º de janeiro.
Janja disse haver grande demanda de credenciamento da imprensa internacional e expectativa recorde de autoridades. "Talvez seja a maior presença de chefes de Estado até hoje no nosso período democrático", frisou, durante entrevista coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
Com Janja estava o embaixador Fernando Luis Lemos Igreja. Segundo ele, os convites foram feitos na segunda-feira, por meio do Itamaraty, para todas as nações com relações diplomáticas com o Brasil. Entre os confirmados estão presidentes de países como Alemanha, Angola, Argentina, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guiné Bissau, Portugal e Timor Leste, além do rei da Espanha.
O grupo técnico da transição estuda ainda uma forma de convidar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. No governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), as relações diplomáticas foram cortadas com o país. Além disso, o atual chefe do Executivo baixou uma portaria impedindo que altos funcionários venezuelanos entrem no Brasil.
A posse também será inclusiva. Os 21 tiros de canhão, tradição nesse evento, não devem ocorrer, devido a autistas sensíveis a barulhos e também a animais de estimação. Janja relatou ter se reunido com instituições da causa autista e do GT de Meio Ambiente.
"Estamos atendendo a pessoas que têm perturbação com barulhos excessivos. A salva de canhão, a gente vai analisar e talvez substituir por algo que contemple o que a salva de tira significa. São 21 tiros de canhão que estão no protocolo inicial da posse. A gente vai conversar. Já tive algumas ideias, e vamos ver como podemos fazer isso", contou. Caso haja queima de fogos de artifício, os artefatos também devem ser sem ruídos.
A expectativa da transição é de que 300 mil pessoas compareçam à Esplanada dos Ministérios. A futura primeira-dama agradeceu ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pelo apoio na estrutura de segurança.
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Passagem de faixa
Ao ser questionada sobre a incerteza em relação à passagem de faixa por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL), no rito de posse, Janja frisou que ainda não está definida a participação do atual chefe do Executivo.
"A cerimônia institucional tem um protocolo, que diz que o presidente que está deixando passaria a faixa. Se isso acontecer, seguiremos o protocolo. Não tem a confirmação. Vão ter de perguntar ao presidente que está em exercício se ele vai passar a faixa. Se não, vamos pensar como vamos fazer isso."
Por questão de segurança, a socióloga não disse qual será o ponto de partida do presidente eleito. "Vamos reter um pouco essa informação de onde ele (Lula) vai sair. Será feito o trajeto de carro aberto, posso confirmar isso para vocês", limitou-se a comentar.
Janja relatou que Lula começará o trajeto de carro em direção ao Congresso Nacional por volta das 14h30. Já a cerimônia no plenário do Congresso está prevista para as 15h. No Palácio do Planalto, para cumprimento de chefes de Estado, o horário estabelecido é 17h. A recepção de delegações estrangeiras no Itamaraty, às 18h30.
A posse será transmitida em telões na Esplanada. Já os shows previstos no Festival do Futuro, com mais de 20 artistas, devem ocorrer ao fim da cerimônia no Planalto.
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