O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, nesta quarta-feira (7/12), o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) por tentativa de homicídio contra quatro policiais federais no dia 23 de outubro. Os agentes foram recebidos a tiros pelo bolsonarista ao tentar cumprir uma ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Jefferson recebeu a polícia a tiros de fuzil e uma granada e chegou a ferir dois agentes da Polícia Federal. Segundo investigações, ele teria até 13 armas de fogo em casa, no município de Levy Gasparian, no Rio de Janeiro. O MPF ainda recomendou que ele seja julgado pelos crimes de resistência à prisão, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito e fabricação e armazenamento de artefato explosivo.
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Granadas adulteradas
No dia do ataque, o bolsonarista teve a prisão domiciliar revogada por Moraes após “notórios e públicos descumprimentos” de decisões judiciais. Na semana anterior, o ex-deputado gravou um vídeo atacando a ministra Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, além de diversos xingamentos, chegou a comparar a magistrada a uma “prostituta”. Desde então, ele está preso em Bangu 8.
O Ministério Público afirmou que Jefferson efetuou 60 tiros de carabina na direção dos policiais, que estavam do lado de fora da casa. Alguns atingiram uma casa vizinha, onde estavam presentes 16 crianças e quatro adultos. Uma criança teve uma fissura na costela ao tentar se proteger dos disparos.
Segundo o MPF, o ex-deputado ainda jogou três granadas adulteradas com prego na direção dos agentes — que não estavam usando coletes à prova de balas. Para o órgão, não houve mortes por "circunstâncias alheias à vontade" do ex-deputado.
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