Durante participação no evento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, nesta quarta-feira (7/12), em Brasília, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), afirmou esperar que a política econômica do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foque na busca pela produtividade.
“Desejo que o novo governo entenda que a política econômica não pode ser estatizante e nem assistencialista, mas sim que promova reformas estruturantes como a tributária e a administrativa”, defendeu o senador eleito, acrescentando em seu discurso a bandeira da privatização de “empresas não sustentáveis”.
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Quanto à política econômica do futuro governo Lula, o tema da privatização não consta na agenda de prioridades. Durante a campanha presidencial, o então candidato petista falou que não iria privatizar empresas públicas. A menos de um mês da posse, Lula ainda não anunciou nomes que comporão sua equipe econômica. Por ora, a equipe de transição aguarda a aprovação da PEC da Transição, no Senado.
Contas no azul
Durante sua fala no evento de hoje, intitulado 95ª Encontro Nacional da Indústria da Construção, o atual vice-presidente enalteceu o fato de que as projeções indicam que o governo federal deva fechar 2022 com superavit primário. “Terminaremos o ano com a dívida pública ao redor de 77 e 78%”, pontuou.
As contas públicas do governo, no entanto, vêm sendo alvo de discussões. Isso porque instituições federais, como universidades, INSS e a Polícia Federal (PF), relatam falta de recursos para cumprir contratos empenhados e funções sociais.
A Universidade de Brasília (UnB), por exemplo, emitiu uma nota, na terça-feira (6), em que afirma faltar dinheiro para pagar os estudantes bolsistas e a empresa de limpeza.
Mercosul
A ida de Mourão ao evento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção ocorreu um dia após o vice-presidente da República ter representado o país na Cúpula do Mercosul, no Uruguai. Além dele, o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, participou das conversas com as nações vizinhas.
As reuniões não proporcionaram nada de concreto para o bloco. Sobre o encontro com os países aliados, o general destacou a necessidade de construção de consensos e a preservação das trocas comerciais. Ele chegou a destacar a atuação do governo brasileiro para ampliar acordos comerciais de forma conjunta.
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