O Correio Braziliense realiza, no próximo dia 15, o seminário "Desafios 2023, o Brasil que queremos" — um debate sobre as expectativas para o país no próximo ano, o primeiro do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A discussão chega no momento em que os órgãos de governo são submetidos a uma drástica redução orçamentária e que o futuro governo tenta aprovar, no Congresso, a PEC da Transição — com a qual teria folga de recursos para honrar promessas de campanha, como o pagamento dos R$ 600 aos beneficiários do Auxílio Brasil (cujo nome será mudado para Bolsa Família a partir do próximo ano).
Entre os tópicos a serem discutidos está o equilíbrio entre a responsabilidade fiscal e a social, maior preocupação do presidente eleito em função do avanço dos índices de pobreza no país. Também consta da pauta de discussões as dificuldades orçamentárias, uma vez que várias áreas estão sofrendo redução drástica de recursos — como a educação, que perdeu nada menos que R$ 366 milhões e deixou a rede federal de ensino superior diante da impossibilidade de cumprir compromissos básicos de administração, como o pagamento de contas de luz, água e salários de pessoal terceirizado.
"São muitas as incertezas no horizonte. A sociedade precisa se atentar para o que lhe espera e quais caminhos seguir. O Correio, como faz sempre, convidou alguns dos maiores especialistas em suas áreas para debater os principais problemas brasileiros", destacou Vicente Nunes, correspondente em Portugal e moderador do debate.
Ele acrescenta que "é preciso que o governo eleito tenha a humildade para ouvir sugestões e críticas". "Os nós a desatar são muitos. A questão fiscal está no topo das preocupações dos especialistas, mas a população, sobretudo a mais pobre, quer saber como ficará a educação, a saúde, o emprego, os programas sociais. Todos querem respostas", alerta.
Pelas soluções a serem encontradas para a economia do país passam respostas para setores como meio ambiente, saúde e educação — para as quais o governo eleito criou muitas expectativas e cujas respostas serão cobradas a partir do primeiro dia. Os convidados vão analisar o contexto de curto, médio e longo prazos, e possíveis soluções para os próximos anos.
O seminário se realizará das 14h às 19h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, com transmissão ao vivo pelo site e pelas redes sociais do Correio.
Confira a programação completa:
Abertura
- 14h00 — Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal*
- 14h20 — Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central
1º Painel: Responsabilidade fiscal e responsabilidade social
- 14h40 | Juliana Damasceno, economista da Tendências Consultoria. José Roberto Afonso, economista e um dos pais da Lei de Responsabilidade Fiscal. Gabriel Leal de Barros, economista-chefe da Ryo Asset
- 15h30 | Simone Tebet, senadora: “O social não pode esperar”
2º Painel: O crescimento passa pela infraestrutura
- 15h50 | Tony Volpon, estrategista da Wealth High Governance. Jorge Arbache, vice-presidente do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF). Zeina Latif, economista
Coffee Break: 16h50 a 17h
17h | Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda: “Credibilidade para o crescimento”
3º Painel: A sociedade quer ser ouvida — educação
- 17h20 | Cláudia Costin, diretora do Centro de Políticas Educacionais da FGV. Celso Niskier, presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Ambes). Raphael Lucchesi, diretor de Educação e Tecnologia da CNI e diretor-geral do Senai. Marcos Lisboa, economista e presidente do Insper (Confirmado)
4º Painel: A saúde como fonte de sustentabilidade da nação
- 18h | Humberto Costa, ex-ministro da Saúde. Paulo Rebello, presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado
Encerramento
- 18h40 | Michel Temer, ex-presidente da República
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